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A cidade de Roma vai construir quatro "vilas da solidariedade" em seus arredores, destinadas aos ciganos, que serão patrulhadas por policiais e equipadas com infra-estrutura, anunciou o governo na sexta-feira. A medida faz parte de um pacote para conter a criminalidade.

Os ciganos, ou povo roma, como eles preferem ser chamados, vêm sendo acusados pela imprensa italiana pela onda de crimes violentos.

A atenção da mídia ao assunto fez com que um ministro esquerdista declarasse que o país que inventou a Máfia não devia sair acusando estrangeiros pelos crimes.

As autoridades municipais já tentaram assentar os ciganos em acampamentos ou casas pré-fabricadas, mas muito mais ciganos voltaram a acampar perto do rio ou ao longo de estradas.

As tentativas anteriores de levá-los para fora dos limites da cidade foram recebidas com protestos por entidades de defesa dos direitos humanos, mas o atual prefeito, de centro-esquerda, Walter Veltroni, disse que os novos alojamentos darão ao povo roma melhores condições de vida.

"Os novos acampamentos serão controlados pela polícia, o que significa que as autoridades locais vão garantir que eles recebam os recursos de que precisam", disse Veltroni.

O Centro Europeu pelos Direitos dos Roma disse à Reuters que, "à primeira vista, segregar ou construir instalações especiais para os roma não parece uma boa idéia".

"Soa bem em linha com o que as autoridades italianas vêm fazendo, como construir acampamentos pelo país para os roma, ou 'nômades', como eles os chamam", disse Savelina Danova, do centro, que tem sede em Budapeste.

As autoridades municipais disseram que vão levar três meses para escolher os locais para a construção das vilas e mais nove meses para erguê-las.

O pacote inclui ainda um reforço de 200 policiais para Roma e 600 para Milão. O ministro do Interior, Giuliano Amato, disse que o "pacto de segurança" deve ser estendido para outras cidades em breve.

"Como vamos ajudar os ciganos a se integrar se não temos casas para eles?", disse Amato, que recentemente apresentou dados mostrando que os imigrantes são responsáveis por um terço dos crimes na Itália, embora componham apenas 4 por cento da população.

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