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Depois de quase um mês de silêncio oficial, Israel confirmou na terça-feira que aviões de sua Força Aérea atacaram o território sírio no dia 6 de setembro.

Até agora, o governo israelense havia se recusado a confirmar ou negar as informações sobre o ataque aéreo, apesar de o incidente ter sido confirmado publicamente pela Síria e por autoridades de países ocidentais.

Representantes de Israel disseram que a ação aconteceu no mês passado, em um ponto localizado dentro do território sírio, longe da fronteira. Os censores militares continuam proibindo a divulgação de maiores detalhes sobre o incidente.

O governo da Síria afirma que os israelenses bombardearam uma área desocupada depois de os sistemas antiaéreos do país terem respondido às aeronaves.

Algumas autoridades norte-americanas relacionaram as operações a suspeitas sobre uma cooperação no setor nuclear entre a Síria e a Coréia do Norte. Os governos sírio e norte-coreano negaram manter laços na área atômica.

Outros relatos sugeriram que o ataque pode ter tentado atingir um carregamento iraniano de armas enviado ao movimento guerrilheiro Hezbollah, no Líbano.

Em uma entrevista concedida na segunda-feira à rede BBC, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, não quis descartar a possibilidade de uma resposta militar à incursão aérea de Israel.

O governo sírio acusou o governo israelense de tentar arranjar uma desculpa para a guerra disseminando o que considera serem informações falsas sobre o ataque aéreo de Israel haver tido por alvo um local relacionado com armas de destruição em massa.

Diplomatas presentes em Damasco afirmam que ao menos quatro aviões de guerra de Israel ingressaram no território sírio durante a operação do mês passado.

A Síria e Israel encontram-se, formalmente, em guerra. As negociações de paz entre os dois ruíram em 2000 devido a desavenças sobre a retirada israelense das Colinas de Golã, um território capturado por Israel em 1967.

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