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A Rússia considerou nesta sexta-feira "inaceitável" a condenação da Síria por uma resolução votada por esmagadora maioria pelo Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU e denuncia a possibilidade subjacente de uma intervenção militar no país.

"As posições (expressas) no documento, que evoca de maneira velada a possibilidade de uma intervenção estrangeira no país, com o pretexto de defender a população da Síria, são inaceitáveis para a parte russa", indicou o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.

O CDH condenou nesta sexta-feira em uma resolução "as violações extensas, sistemáticas e flagrantes" dos direitos humanos e das liberdades fundamentais pelas autoridades de Damasco.

A resolução foi aprovada por 37 votos a favor, 6 abstenções e 4 votos contra, de Cuba, Equador, Rússia e China.

"Infelizmente o projeto de resolução da sessão extraordinária do CDH apresentado pelos países ocidentais tem um caráter politizado e parcial", acrescentou o ministério russo.

"Não mostra as últimas medidas tomadas pelas autoridades sírias para estabilizar a situação, implantar as reformas no país e promover o diálogo nacional", considerou fonte.

Aliado da Síria desde a era soviética, a Rússia é a principal fornecedora de armas a Damasco e se recusa a se unir às potências ocidentais em uma condenação à repressão que deixou mais de 4 mil mortos, segundo a ONU, assim como se opõe a qualquer sanção ou pressão sobre o regime de Bashar al-Assad.

Na terça-feira, o chanceler russo, Serguei Lavrov, pediu o fim dos ultimatos contra a Síria, depois de a Liga Árabe aprovar sanções contra Damasco.

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