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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou neste sábado (21) que Moscou se oporá a qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU que autorize uma intervenção militar na Síria.

"Se alguém tem a intenção de usar a força a qualquer preço - tenho ouvido pedidos para enviar tropas árabes à Síria -, dificilmente poderemos impedi-lo (...), mas não receberá nenhum mandato do Conselho de Segurança", disse Lavrov em entrevista coletiva.

O chanceler russo indicou que os países ocidentais tratam de excluir do projeto de resolução sobre a Síria apresentado pela Rússia ao Conselho de Segurança o afastado que consigna que nenhum ponto do documento pode ser interpretado como pretexto para uma intervenção militar nesse país árabe.

Ele afirmou que Rússia e China apoiam que a resolução sobre a Síria deve contemplar o princípio da não-intervenção da ONU nos assuntos internos do país árabe, assim como o veto expresso a que o documento seja usado como aval para o uso da força contra Damasco.

"Para nós, tudo está muito claro: não respaldaremos sanção alguma, pois as sanções unilaterais foram impostas sem consultar com Rússia nem com China", ressaltou Lavrov, que afirmou que Moscou defende uma solução negociada ao conflito na Síria.

"Pedimos ativamente a todos os participantes do drama sírio que realizem uma reunião o mais rápido possível para acertar o início de um diálogo nacional", destacou.

Lavrov disse que a Liga Árabe propôs que a reunião seja realizada no Cairo e expressou que a Rússia também está disposta a acolhê-la.

"Se para alguém fica complicado comparecer a essa reunião (no Cairo), nós estamos dispostos a acolher em nosso território todas as partes sírias e, sem nenhum tipo de ingerência, criar as condições para que comecem a chegar a um acordo", complementou o ministro.

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