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Foto de arquivo: Um helicóptero Mi-35 da Venezuela, durante operação que revelou uma pista de pouso clandestina usada por traficantes perto da fronteira com a Colômbia, em março de 2008. Foto: Pedro REY / AFP
Foto de arquivo: Um helicóptero Mi-35 da Venezuela, durante operação que revelou uma pista de pouso clandestina usada por traficantes perto da fronteira com a Colômbia, em março de 2008. Foto: Pedro REY / AFP| Foto:

A Rússia vai abrir mais uma base na Venezuela; um centro de manutenção de helicópteros militares. Um representante da empresa estatal Helicópteros da Rússia afirmou à imprensa que equipes e especialistas já estão no país e só resta terminar a instalação, que deve ser aberta nos próximos meses.

A empresa também inaugurou centros similares no Brasil, em março, e no Peru, em dezembro de 2018.

“Praticamente todos os equipamentos necessários foram fornecidos ao país. Nossos especialistas estão lá e os equipamentos estão sendo montados e colocados em operação. Esperamos que o trabalho [de construção do centro] seja concluído este ano”, disse Igor Chechikov, vice-diretor da Helicópteros da Rússia, segundo a agência russa de notícias Interfax.

A inauguração do centro estava prevista para 2018, mas atrasou, provavelmente devido à profunda crise econômica e política por que passa o país.

Na sexta-feira (29), foi inaugurado na Venezuela um “Centro de Simulações de Voo da Força Armada” para helicópteros russos. “Esse centro, dizemos humildemente, só pode ser encontrado na Venezuela e na Rússia”, disse o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, durante a inauguração do centro, transmitida pela televisão.

Kremlin-Miraflores

As relações entre Rússia e Venezuela estão se fortalecendo nesse período de crise em que há pressão de grande parte do ocidente para forçar o ditador Nicolás Maduro a sair do poder. Maduro ainda mantém o poder em grande parte por causa do apoio de suas forças armadas e também do apoio da Rússia, que tem socorrido o regime quanto esteve próximo de colapsar.

Para aliviar os efeitos das sanções americanas contra a empresa estatal venezuelana de petróleo, a Rússia enviou um carregamento dos diluentes químicos necessários para produzir gasolina a partir do petróleo venezuelano. O navio chegou no dia 22 de março. A Venezuela comprava os químicos dos EUA, mas Washington proibiu as empresas americanas de venderem os diluentes para a Venezuela e alertou empresas estrangeiras a fazerem o mesmo. Sem a ajuda russa, poderia ser o colapso total do setor de combustíveis na Venezuela.

Além disso, Moscou despachou soldados e equipamentos militares e tem transportado petróleo bruto venezuelano para a Índia, para compensar as sanções americanas.

No final de março, dois aviões trazendo cerca de 100 militares russos pousaram na Venezuela. A alegação dada para a chegada dos militares é que eles ajudariam com a instalação de sistemas de defesa S-300 comprados recentemente da Rússia, que podem ter sido danificados com os apagões frequentes que têm atingido o país.

Anteriormente, houve relatos de que mercenários russos ou militares privados estariam operando como seguranças do regime de Maduro.

John Bolton, o conselheiro de Segurança da Casa Branca, disse na sexta-feira que “a introdução de equipamentos e equipes militares russos na Venezuela foi um ato de provocação e uma ameaça direta à paz e à segurança da região”.

Autoridades russas rebateram a crítica, argumentando que suas ações eram consistentes com os acordos militares e técnicos já existentes com Caracas.

Centros no Brasil e no Peru

A empresa Helicópteros da Rússia inaugurou um centro de serviços e manutenção de helicópteros também na cidade brasileira de Belo Horizonte, segundo a agência russa de notícias Sputnik. “O serviço de manutenção técnica no Brasil, na cidade de Belo Horizonte, está aberto. É certificado pelas autoridades de aviação brasileiras, o órgão certificador”, disse Igor Chechikov, na quarta-feira (27).

Em 2014, a Rússia entregou 12 helicópteros Mi-35M para o Brasil. De acordo com Chechikov, o centro foi criado como parte de um projeto de compensação do contrato de fornecimento dos Mi-35M.

Em dezembro de 2018, um centro de manutenção e reparo de helicópteros de fabricação russa foi aberto no Peru em parceria com a empresa Helicópteros da Rússia, usada para a manutenção de helicópteros civis Mi-17 e para reformar aeronaves Mi-17 da Força Aérea Peruana.

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