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As condições de saúde da ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, tiveram uma melhora, mas ela ainda está longe de estar curada e as condições hospitalares na cidade de Kharkov tornam o tratamento muito difícil, disseram médicos alemães nesta terça-feira. Tymoshenko foi sentenciada a sete anos de prisão por abuso de poder e virou um símbolo político no momento em que a Ucrânia se prepara para sediar a Eurocopa de Futebol de 2012, um evento compartilhado com a Polônia. O governo da França disse que boicotará os jogos que ocorrerem na Ucrânia por causa do caso político de Tymoshenko. Ela afirma sofrer perseguições do presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

O governo alemão faz pressão sobre o governo da Ucrânia para que permita que Tymoshenko viaje à Alemanha para receber tratamento médico. O médico Karl Max Einhaeupl, chefe do Hospital de Caridade de Berlim, disse que não vê "tendências na Ucrânia que permitam que ela deixe o país" para tratamento médico.

Einhaeupl e seus colegas no Hospital de Caridade examinaram Tymoshenko na Ucrânia e supervisionaram o tratamento da ex-premiê em um hospital de Kharkov, cidade onde fica o presídio em que ela cumpre a sentença de sete anos.

"A condição médica de Yulia melhorou, ela está com maior mobilidade, ela se movimenta pelo menos algumas horas por dia", disse Einhaeupl. "A dor é um pouco menor que ela sentia no começo do tratamento, mas não passou".

A ex-premiê desconfia profundamente dos funcionários ucranianos e dos médicos indicados pelo governo para tratá-la. Uma das sessões de tratamento, por exemplo, foi gravada e exibida na televisão ucraniana, disse Einhaeupl.

O caso de Tymoshenko abalou as relações da Ucrânia com o Ocidente, principalmente com a Alemanha. Ela afirma que o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, seu rival de longa data que a derrotou nas eleições de 2010, a persegue politicamente. Yanukovich nega e diz que seu governo apenas combate a corrupção. Tymoshenko foi condenada por assinar contratos para a compra do gás natural russo em 2009, os quais teriam sido desvantajosos à Ucrânia.

Ela também enfrenta outras acusações criminais. Três dos seus ex-ministros e funcionários graduados foi presos e acusados de corrupção. Em abril e maio, Tymoshenko encenou uma greve de fome de três semanas para protestar contra os supostos abusos. Fotos em que ela apareceu com hematomas no corpo corroboraram as acusações de que ela sofreu espancamento por carcereiras femininas.

As informações são da Associated Press.

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