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Lai, ex-presidente de uma das maiores firmas de gestão de ativos controlados pelo estado da China, foi condenado à morte em 5 de janeiro de 2021 por bigamia e ter recebido 260 milhões de dólares em subornos.
Lai, ex-presidente de uma das maiores firmas de gestão de ativos controlados pelo estado da China, foi condenado à morte em 5 de janeiro de 2021 por bigamia e ter recebido 260 milhões de dólares em subornos.| Foto: Second Intermediate People's Court of Tianjin / AFP

No início desta semana, foi noticiado que o bilionário chinês e fundador do grupo Alibaba, Jack Ma, não foi visto em público há várias semanas, levantando especulações de que pode estar desaparecido.

A suspeita ganha força porque os negócios de Ma estão sob escrutínio pelo governo Chinês, desde que ele criticou o sistema financeiro chinês em Xangai, em outubro do ano passado.

A prática de prender bilionários e desafetos não é algo incomum na China. Relembre alguns casos de personalidades que foram presas pelo Partido Comunista Chinês.

Lai Xiaomin

Um tribunal chinês condenou Lai neste dia 5 de janeiro à morte depois de considerá-lo culpado por suborno. O empresário presidia a China Huarong Asset Management e teria recebido cerca de US$ 277 milhões em subornos, que teriam acontecido entre 2008-2018.

Além disso, ele foi condenado por bigamia. A decisão de impor pena capital a Lai é surpreendente. Ele é o funcionário mais bem classificado a receber uma sentença de morte por crimes econômicos desde que o presidente Xi Jinping assumiu o poder em 2012.

Ren Zhigiang

Ren é um magnata do mercado imobiliário aposentado. O bilionário, que tem estreitas relações com alto escalão do governo chinês, desapareceu em março do ano passado, após ter suspostamente escrito um texto contundente criticando a resposta do presidente Xi Jinping à pandemia.

Ele foi acusado de crimes de corrupção e em 22 de setembro de 2020 foi condenado a cumprir pena de 18 anos de prisão.

Xu Zhangrun e Zhang Xuezhong

Professor de direito na prestigiosa Universidade de Tsinghua, Xu também enfrentou repressões por criticar a resposta da China ao coronavírus.

Em fevereiro do ano passado, Xu publicou um ensaio na internet chamado Viral Alarm: When Fury Overcomes Fear [Alarme viral: Quando a fúria supera o medo], condenando o sistema de controle “autoritário” do governo e a censura estrita do país. O governo tirou o ensaio do ar e retirou o acesso do professor às redes sociais e à internet. Xu também foi condenado à prisão domiciliar, mas nada se sabe de sua atual situação.

Zhang Xuezhong, advogado de direitos humanos, foi outra pessoa "levada" pelas autoridades depois de escrever uma carta aberta criticando a resposta do governo chinês à Covid-19‎, em maio do ano passado.

Xiao Jianhua

Operador financeiro de confiança da elite governante da China, Jianhua era um representante do “capitalismo aberto” chinês. Em fevereiro de 2017, entretanto, o bilionário foi levado em uma cadeira de rodas de um luxuoso hotel de Hong Kong. Xiao havia declarado 10 dias antes que estava procurando tratamento médico no exterior. Após esse episódio ele não foi mais visto.

No ano passado, o New York Times reportou que o patrimônio do bilionário estava sendo desmantelado pelo governo chinês. O desaparecimento de Xiao foi um dos primeiros sinais de que Hong Kong estava perdendo a autonomia perante a China.

Meng Hongwei

Primeiro chefe chinês da Interpol, Meng desapareceu em uma viagem da França para a China em setembro de 2018. A China confirmou que ele havia sido detido como parte do esforço do presidente Xi Jinping contra a corrupção. Meng admitiu ter recebido mais de US$ 2 milhões em subornos e não apelou contra decisão da corte. Em janeiro do ano passado foi sentenciado a 13 anos de prisão.

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