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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, recebe a alta comissária da ONU para direitos humanos, Michele Bachelet, no Palácio de Miraflores em Caracas, 21 de junho
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, recebe a alta comissária da ONU para direitos humanos, Michele Bachelet, no Palácio de Miraflores em Caracas, 21 de junho| Foto: Yuri CORTEZ / AFP

Seis membros das forças militares e policiais da Venezuela foram presos pelo Serviço de Inteligência Nacional (Sebin) durante o final de semana, segundo denúncias de seus familiares e de ativistas dos direitos humanos.

Não se conhece o paradeiro dos quatro militares, entre eles um general da aviação, e de dois comissários da polícia após eles terem sido detidos por agentes da inteligência do regime de Maduro na capital Caracas e em localidades próximas.

As detenções aconteceram enquanto a alta comissária da ONU para direitos humanos, Michelle Bachelet, visitava o país. Ao final de sua visita de três dias, Bachelet afirmou que a situação no país é grave, e designou dois delegados para monitorar violações de direitos humanos na Venezuela.

"Denuncio o desaparecimento de meu pai, General de Brigada da Aviação Miguel Sisco Mora, após ser detido na sexta-feira, 21 de junho de 2019 por agentes de segurança do Estado Venezuelano. Exigimos que o governo nos dê informações sobre o paradeiro dele", disse a filha do general, Stephanie Sisco, pelo Twitter no sábado.

O capitão da Marinha Rafael Acosta também está desaparecido desde sábado à tarde, segundo sua esposa Waleska Pérez denunciou em vídeo divulgado por ativistas.

A advogada e ativista pelos direitos humanos Tamara Suju disse que, além dos oficiais da Força Aérea e da Marinha, dois comissários da polícia judicial, Miguel Ibarreto e José Valadares, também têm o paradeiro desconhecido.

Outros dois coronéis reformados da Força Aérea foram capturados em suas residências em Caracas na sexta-feira à tarde, enquanto Bachelet encerrava a sua visita, segundo a organização não-governamental Foro Penal.

Após o início da Operação Liberdade, liderada pelo presidente interino da Venezuela e líder da oposição Juan Guaidó em 30 de abril, aumentou o número de detenções pela regime de Maduro. Guaidó conclamou as forças armadas a o apoiarem, mas sua tentativa de derrubada de Maduro do poder foi fracassada.

De acordo com a Foro Penal, cerca de 700 pessoas estão presas por motivos políticos na Venezuela, entre elas, cerca de 100 militares.

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