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Tegucigalpa - No último dia do prazo acordado para a instalação de um "governo de unidade e reconciliação nacional’’, o Congresso hondurenho não se reuniu nem fixou uma data para votar a restituição do presidente deposto Manuel Zelaya.

A indefinição do Parlamento, a ocorrência de dois atentados em Tegucigalpa e o fracasso, até o início da noite de ontem, das negociações para uma fórmula alternativa para conformar um governo de unidade voltaram a elevar a tensão política em Honduras. Para piorar, o país se preparava pa­­ra a chegada de uma tormenta tropical.

Aliado de Micheletti, o presidente do Congresso hondurenho, José Angel Saavedra, disse que "não haverá (medidas) dilatórias nem evasão da responsabilidade histórica’’ de votar sobre a restituição de Zelaya, mas se negou falar sobre datas.

Na terça, a mesa diretora do Congresso, majoritariamente pró-Micheletti, pediu pareceres sobre a restituição à Suprema Corte, ao Ministério Público e à Procura­­doria-Geral da República, o que era facultativo pelo acordo assinado na sexta. Nenhuma das instâncias respondeu até ontem.

Protesto

Com a indefinição, alguns dos sim­­patizantes de Zelaya lotaram a pequena praça diante do Con­­gresso para exigir a sua restituição, sob forte vigilância.

Na mesa de negociações, Ze­­laya rechaçou contraproposta pela qual Micheletti renunciaria, e o gabinete do governo de unidade seria nomeado pelo Congresso, antes de votar a restituição do deposto.

Na quarta-feira, Zelaya havia concordado em criar um governo de unidade com o ministro de Go­­verno à frente, mas desde que este fosse atrelado à sua posterior restituição, proposta vetada por Mi­­cheletti.

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