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O senado argentino aprovou nesta quinta-feira (29), por 42 votos a favor e 26 contra, o projeto de lei da presidente Cristina Kirchner para antecipar as eleições legislativas de 25 de outubro para 28 de junho. O governo precisava de pelo menos 37 votos para aprovar a matéria, que obteve 136 votos a favor e 109 contra na Câmara, há duas semanas. A oposição diz que a medida foi uma manobra oficial para evitar um desgaste político do casal presidencial Cristina e Néstor Kirchner que poderia ocorrer até outubro. Esta análise é apoiada na hipótese de que a crise econômica vai se aprofundar nos próximos meses e isso poderia influenciar o voto dos eleitores.

Os argentinos vão eleger 127 deputados e 24 senadores e o resultado desta escolha será fundamental para o projeto político Kirchner, com vistas às eleições presidenciais de 2011. Atualmente, o governo possui maioria na Câmara e no Senado, mas as eleições legislativas podem mudar esse cenário, já que as pesquisas de opinião apontam para uma derrota dos candidatos oficiais no interior, o que influenciaria no resultado das eleições nacionais.

Pela atual legislação eleitoral, as províncias realizarão em 2009 eleições para escolher seus deputados e vereadores em qualquer data que lhe for conveniente, mas o pleito para renovar metade das 257 cadeiras da Câmara e um terço das 72 do Senado é previsto para o quarto domingo de outubro. O projeto aprovado hoje antecipa essa data das eleições para a Câmara e Senado, mas deixa livre as províncias para manter suas datas originais ou realizar suas eleições no mesmo dia que as nacionais. Das 22 províncias que terão eleições, 11 já afirmaram que irão adequar seus calendários ao da eleição nacional.

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