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Roma - O Senado da Itália deu aprovação final ontem a um pacote de leis que permite a formação de patrulhas de cidadãos desarmados nas cidades e impõe duras medidas contra a imigração ilegal.

A lei estabelece períodos de prisão para pessoas que abriguem imigrantes ilegais e aumenta o tempo de detenção provisória dos clandestinos antes da deportação.

A lei levou a várias críticas de políticos de centro-esquerda e grupos de defesa dos direitos humanos. A Anistia Internacional disse que as medidas "afetam de maneira negativa as pessoas mais vulneráveis no país" e "infringem de maneira pesada os direitos dos imigrantes".

A nova lei faz com que entrar ilegalmente, ou sem permissão na Itália, seja crime passível de uma multa que pode variar de 5 mil euros a 10 mil euros (entre US$ 6,8 mil e US$ 13,6 mil).

Quem abrigar em casa um imigrante clandestino poderá ser condenado a três anos de prisão. O pacote também aumenta o período de detenção temporária para os imigrantes ilegais, de dois para seis meses, até a deportação. Além disso, permite a formação de patrulhas de cidadãos desarmados nas cidades, algo que, afirmam os críticos, levará à prática de "justiceiros". Também passou a ser crime obrigar crianças a pedir esmolas nas ruas, algo que dizem os críticos tem na mira a comunidade cigana.

Setores progressistas também ficaram alarmados com a criação recente de um grupo de extrema-direita, que se autodenomina Guarda Nacional Italiana, cujos uniformes têm símbolos fascistas e nazistas. O ministro do Interior, Roberto Maroni, prometeu que qualquer grupo que se associe ao fascismo não será permitido.

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