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Washington – Após meses de procrastinação e negociação, o Congresso americano e a Casa Branca chegaram a um acordo que deve resultar no esperado pacote que regula a imigração nos EUA, um conjunto de leis que afetará a vida de 12 milhões de pessoas que vivem ilegalmente no pais.

Os pontos principais são a legalização de boa parte desse contingente, o reforço da segurança nas fronteiras do país e a adoção de um programa de trabalhador convidado.

Um dos pontos principais a emperrar o acordo entre os democratas, no comando do Congresso, e os republicanos era a chamada anistia dos que já vivem no país. A proposta chega perto: os que se apresentarem à imigração, estiverem com a ficha criminal limpa e pagarem uma multa de US$ 5.000 (cerca de R$ 9.800) ganharão um visto provisório, chamado "visto Z’’, e, entre 8 a 13 anos depois, poderão entrar com pedido para o "green card’’, a autorização de residência definitiva.

O "visto Z’’ poderá ser renovado indefinidamente, e com ele o imigrante pode trabalhar e viver legalmente nos EUA; mas, se quiser o "green card’’, o chefe de família deve voltar a seu país de origem para fazer o pedido de lá. Além disso, será criado um programa de trabalho temporário, em que imigrantes serão "convidados’’ do governo americano a vir ao país trabalhar por períodos de até dois anos.

Um programa de pontuação definirá quem é elegível para o programa. Ganham mais pontos os que tiverem escolaridade mais alta e maior grau de especialização, e não os que já tenham familiares morando nos EUA, mesmo que legalmente. Como boa parte dos ilegais locais trabalha no campo, um programa à parte será criado para o futuro trabalhador rural.

A mudança na legislação será condicionada a maior rigor na vigilância das fronteiras do país, especialmente com o México, e à aplicação de novas tecnologias que permitam identificar com rapidez se um visitante legal deixou vencer a validade de seu visto.

Na semana que vem, o acordo será apresentado ao Senado e inicia uma via-crúcis que envolve votação nas duas Casas legislativas e a assinatura ou o veto de Bush. Pelas declarações de ontem, o mais provável é que a proposta seja aprovada rapidamente.

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