Tem início no domingo (6), no Vaticano, o Sínodo da Amazônia, a reunião de bispos convocada pelo papa Francisco para discussões sobre a floresta tropical. O papa abriu "simbolicamente" o Sínodo na sexta-feira, em uma cerimônia nos Jardins Vaticanos. A assembleia mundial de bispos discutirá problemas socioambientais nos nove países "panamazônicos" e a presença católica na região.
Na quinta-feira (3), o papa Francisco disse que os incêndios na Amazônia são um problema global e devem ser enfrentados por todos. Ele defendeu que o Sínodo dos Bispos sobre a região deve propor soluções "antes que seja tarde demais". E realçou que isso será o centro do debate.
O pontífice participou na quinta-feira de uma audiência no Capítulo Geral da União Romana da Ordem de Santa Úrsula e se referiu à situação da Amazônia ao fazer uma análise sobre a situação mundial, "cada vez mais interconectada e habitada por povos que fazem parte de uma comunidade global".
"Estamos todos mais próximos dos grandes desafios a enfrentar. Hoje, ninguém pode dizer 'Isso não me afeta'", completou Francisco. Durante uma apresentação do Sínodo à imprensa, o cardeal d. Cláudio Hummes foi na mesma linha. Hummes, que também é relator-geral do Sínodo, citou por várias vezes o documento Laudato Si do papa, que destaca a necessidade de cuidar da Casa Comum.
Um mês antes da realização do Sínodo, o Vaticano preparou uma lista de convidados especiais do papa Francisco e vetou a participação de políticos com mandato.
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Vergonha global
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