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Vestindo trajes típicos, judeus ortodoxos lotaram ruas e praças de Jerusalém: contra a integração de etnias | Baz Ratner/Reuters
Vestindo trajes típicos, judeus ortodoxos lotaram ruas e praças de Jerusalém: contra a integração de etnias| Foto: Baz Ratner/Reuters

Segregação

Judeus ultraortodoxos protestam contra Justiça

Milhares de judeus ultraortodoxos participaram de uma manifestação nas ruas de Jerusalém ontem em protesto contra uma decisão da Suprema Corte de forçar a integração de meninas de etnias diferentes na escola Beit Yaakov em Emanuel, na Cisjordânia.

Pais de meninas de origem ashkenazi – judeus do centro e leste da Europa – não querem que suas filhas estudem junto com garotas descendentes dos judeus procedentes do norte da África, conhecidos como sefarditas.

Os ashkenazi dizem não ser racistas, mas querem que as salas de aula continuem segregadas – como é feito há anos – argumentando que as sefarditas não são "religiosas o suficiente".

  • Entenda as restrições impostas á Faixa de Gaza

Sob forte pressão internacional desde o ataque à frota que tentava chegar à Faixa de Gaza no mês passado, Israel anunciou o alívio parcial do bloqueio ao território palestino, em vigor há três anos.

Entre as principais modificações estão o fim de todas as restrições à entrada de gêneros alimentícios e permissão à maior entrada de materiais de construção, a serem usados sob supervisão ex­­terna.

Alvo de devastadora ofensiva israelense entre dezembro de 2008 e janeiro do ano passado, Gaza até hoje não conseguiu se reconstruir devido às restrições impostas.

O governo israelense advertiu, no entanto, que manterá o bloqueio naval contra o território a fim de evitar a chegada de materiais para a fabricação de armamentos pelo grupo radical palestino Hamas, que governa Gaza.

O rígido controle sobre o que entra e sai do território palestino foi imposto por Israel em 2007, após o Hamas – que vencera eleições legislativas no ano anterior contra o Fatah – tomar o controle do território e expulsar o rival.

O bloqueio arruinou a economia local, levando à eliminação de dezenas de milhares de empregos, ao fechamento de fábricas e à desidratação comercial. Além disso, falhou em deter o Hamas, que não reconhece o direito à existência de Israel.

Reação

A decisão, anunciada após dois dias de reuniões do gabinete do premier, Benjamin Netanyahu, reflete a preocupação de Israel com o cerco internacional do qual é alvo desde o ataque à frota – que se dizia humanitária, o que o país nega – no último dia 31.

No episódio, foram mortos nove das centenas de ativistas que tentavam furar o bloqueio à faixa de Gaza levando 10 mil toneladas de ajuda para o território palestino.

Para residentes do território palestino, as mudanças foram apenas "cosméticas’’.

O Hamas "rejeitou’’ as medidas de Israel, a quem acusou de tentar apenas aplacar as pressões internacionais, e exigiu fim total do bloqueio.

Já o Fatah, que controla a Cis­­jordânia, cobrou publicamente a retirada das restrições, mas funcionários do grupo secular expressaram preocupação com eventual fortalecimento do Hamas.

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