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Sob investigação

Suécia suspeita de sabotagem da China em rompimento de cabos submarinos no Mar Báltico

Suécia suspeita de sabotagem da China em rompimento de cabos submarinos no Mar Báltico
Navio chinês Yi Peng 3 foi avistado na área onde ocorreram os danos (Foto: EFE/EPA/MIKKEL BERG PEDERSEN)

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O governo da Suécia levantou suspeitas de que um navio da China esteja envolvido no rompimento de dois cabos de telecomunicações no Mar Báltico, que conectam a Finlândia à Alemanha e a Lituânia à Suécia. O incidente, registrado na semana passada, gerou um pedido formal de Estocolmo para que Pequim colabore com as investigações.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, confirmou nesta quinta-feira (28) que as autoridades enviaram uma solicitação à China para esclarecer o papel do navio cargueiro Yi Peng 3, avistado na área onde os danos ocorreram. “Reiteramos nosso desejo de que o navio se mova para águas suecas e já entramos em contato com Pequim. Hoje, enviamos um pedido formal para cooperar na investigação e trazer clareza sobre o ocorrido”, declarou Kristersson em coletiva de imprensa.

Atualmente, a embarcação permanece ancorada em águas internacionais entre a Suécia e a Dinamarca, enquanto especialistas suecos analisam as circunstâncias do incidente.

Reações internacionais e suspeitas de sabotagem

Os danos nos cabos submarinos também mobilizaram investigações conjuntas de outros países da região, como Alemanha e Finlândia. Para o ministro da Defesa alemão, há indícios de sabotagem, embora ainda não existam provas conclusivas sobre a autoria do ataque.

A suspeita de interferência chinesa reforça preocupações sobre a vulnerabilidade de infraestruturas críticas europeias e o papel de regimes autoritários em possíveis ações hostis. Este não é o primeiro caso de danos deliberados em cabos submarinos na região: no ano passado, a Suécia relatou a ruptura de uma conexão entre suas costas e a Estônia.

Negativa chinesa

A China, por sua vez, negou as acusações. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, declarou que Pequim cumpre rigorosamente suas obrigações internacionais. “Sempre exigimos que os navios chineses respeitem as leis e normas em vigor”, afirmou. Jian acrescentou que a China mantém canais diplomáticos abertos com os países envolvidos, incluindo a Dinamarca, para tratar do caso.

Apesar das negativas, o incidente intensifica o clima de desconfiança em torno das ações chinesas no Mar Báltico, uma área estratégica para o comércio e as comunicações na Europa.

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