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O número de crianças mortas de raiva em Luanda subiu para 69 na quarta-feira - eram 50 no mês passado -, o que fez com que as autoridades lançassem uma nova medida para retirar as centenas de cães sem dono que perambulam pelas ruas da capital angolana.

O Ministério da Saúde disse que agentes de saúde recolheram centenas de cães em Luanda para conter o vírus mortal que é transmitido aos seres humanos pela mordida de um animal infectado.

Quase mil cachorros já foram recolhidos desde que o surto de raiva começou, em novembro. Aqueles cujos exames deram positivo para raiva foram sacrificados - os outros, liberados.

"Isto é uma tragédia porque, apesar de todos os esforços para controlar o surto de raiva, as coisas não estão melhorando", disse à Reuters Luis Bernardino, diretor do maior hospital para crianças de Luanda.

As crianças entre três e 10 anos de idade são as principais vítimas, já que não conseguem se proteger dos cães. Bernardino disse que as crianças infectadas são, geralmente, de distritos pobres que cercam o centro urbano de Luanda, onde vagam milhares de cães sem dono.

As autoridades de Luanda fizeram uma campanha de vacinação na cidade inteira, no mês passado, na qual mais de 100 mil animais - cães, gatos e macacos - foram vacinados, na cidade em que mais de um terço da população do país de 16,5 milhões de pessoas.

Mas as medidas não adiantaram, e o número de crianças infectadas aumentou.

Angola já tem um dos maiores índices de mortalidade infantil do mundo. Lá, duas em cada cinco crianças morrem antes de chegar aos cinco anos, de acordo com a Organização das Nações Unidas.

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