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O legislador libanês Tammam Salam foi nomeado neste sábado (6) primeiro-ministro do Líbano e disse que vai trabalhar para acabar com as divisões dentro do país e evitar que a guerra civil na vizinha Síria se reflita no Líbano. Após dois dias de consultas, o presidente Michel Suleiman pediu a Salam que forme um novo gabinete. O parlamentar de Beirute, de 68 anos, é ex-ministro da Cultura e foi escolhido para o cargo por 124 dos 128 membros do parlamento.

"Eu começo com a necessidade de tirar o Líbano de divisões e tensões políticas que se refletiram na situação da segurança (interna)", disse Salam, em sua primeira declaração pública depois de ser escolhido.

Ele acrescentou que seu trabalho também será impedir ameaças "da situação catastrófica do vizinho". Salam tentava acalmar os temores dentro do país de que os conflitos civis na Síria, que se estendem há dois anos e já mataram mais de 70 mil pessoas, se espalhem pelo Líbano.

Salam disse ainda que irá fazer o seu melhor para formar um "governo de interesse nacional", um processo que pode tomar muito tempo por causa das divisões nítidas entre políticos libaneses, como resultado da crise síria. Ele não entrou em detalhes sobre o tipo de gabinete que pretendia formar.

No mês passado, o então primeiro-ministro Najib Mikati renunciou depois de um impasse político entre os dois principais campos políticos do Líbano e disputas de poder dentro do governo. Mikati, que era primeiro-ministro desde junho de 2011, liderou um governo dominado pelo grupo militante xiita Hezbollah e seus aliados.

Embora inclinado para a coalização anti-Hezbollah, Salam é filho do falecido ex primeiro-ministro Salam Saeb, e visto como uma figura de consenso. Ele estudou na Grã-Bretanha e tem formação em economia e administração de empresas. As informações são da Associated Press.

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