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O taxista que levou o ator e modelo brasileiro Douglas Barcellos, de Lisboa ao hotel onde ele estava hospedado em Carcavelos, em Cascais, em Portugal, prestou depoimento, de acordo com notícia publicada neste domingo (28) no site do jornal português "Correio da Manhã".

A Polícia Judiciária de Cascais, que investiga a morte de Barcellos - que teve o corpo achado na madrugada de quarta-feira (24), nas pedras da praia do Farol de Santa Marta – quer saber quem é o amigo que, segundo o taxista, Barcellos procurava na noite de terça-feira (23). O ator participava de uma filmagem no país.

Segundo o "Correio da Manhã", o percurso de Lisboa a Carcavelos custaria cerca de € 25. Mas, segundo o taxista informou em seu depoimento no sábado (27), o valor cobrado foi de € 92, já que o ator pediu para que ele parasse em vários bares ao longo do caminho, na localidade conhecida como Paredes, para procurar um amigo.

O taxista contou que o amigo não foi encontrado e que ao final da corrida, o ator teria reclamado do valor cobrado. Segundo o taxista, Barcellos estaria sem dinheiro e teria deixado um documento de identidade como garantia do pagamento para que ele cobrasse o valor da corrida na portaria do hotel. Como não recebeu o dinheiro, o taxista foi à polícia na quarta-feira (24).

Empresário diz que trocou passagem a pedido do ator

Ainda de acordo com o "Correio da Manhã", Barcellos tinha passagem comprada para o dia 21 junto com a equipe. Mas segundo o empresário dele, Enzo Lamblet, o ator pediu para que a passagem fosse trocada para o dia 25. Barcellos viria para o Rio através de Washington.

Inicialmente, o jornal português havia publicado que o motivo da troca da passagem tinha sido uma briga entre o ator e o empresário.

Barcellos participava em Portugal das filmagens de "Maltratadas", que seria seu primeiro papel de mais expressão, depois de ter tido diversas pequenas participações em filmes e séries em Hollywood.

O empresário Lamblet disse ao G1 que Barcellos estava com "problemas emocionais". Ele afirmou nunca ter ouvido falar de o ator ter passado mal. Lamblet negou qualquer omissão de socorro ou briga com o agenciado. Mas acrescentou que ouviu relatos sobre manias dele.

"A diretora do filme (Ana Campina) me falou que, em uma oportunidade, estava no quarto quando recebeu um telefonema do Douglas. Quando ela chegou ao quarto dele, ele estava estirado na cama, cheio de sal grosso", falou o empresário, que disse ter acompanhado as filmagens até o dia 21, quando veio para o Brasil.

Lamblet explicou ainda que em "Maltratadas", uma produção falada em português e em inglês sobre o tráfico de mulheres, Douglas fazia o papel de João, capanga do personagem de Felipe Camargo.

Entre os projetos em que Barcellos atuou, o site IMDb (que deixa disponível um banco de dados sobre cinema) cita o filme "Cinturão vermelho" e o seriado "Criminal minds". Barcellos vivia em Nova York com sua mulher e procurou fazer uma carreira nos Estados Unidos a partir de trabalhos na TV. Veja fotos de Douglas Barcellos no site IMDb. Segundo o site IMDb, o ator nasceu no Rio de Janeiro e tinha 33 anos.

Banhos

Outra das situações descritas pelo empresárior Lamblet, que disse ter sido avisado da morte de Douglas por Ana Campina, envolve o que ele chamou de "mania de tomar banho".

"Ele tinha que tomar banho a toda a hora. Uma vez sumiu do set e, mesmo com o frio, nós o encontramos dentro da água do (Rio) Tejo. Ele disse que tinha que se purificar. Outra vez, tivemos que tirá-lo, às 3h da manhã, de dentro de um chafariz em um shopping de Lisboa", que acrescentou ter mudado a passagem de Douglas, que a princípio voltaria dia 21 para os EUA, onde mora, para o dia 25, a pedido do próprio ator.

O ator Felipe Camargo, que participa do filme e também é empresariado por Lamblet, disse ter presenciado, pelo menos, uma dessas cenas.

"O Douglas mergulhou, só de cueca, no Tejo e estava muito frio. Ele falava que a máfia italiana estava atrás dele e que o marido de uma atriz que também participava do filme era uma cara perigoso e estava vigiando ele", contou, afirmando ser um "absurdo" qualquer acusação contra o empresário.

Transporte do corpo

O agente Enzo Lamblet afirmou que está ajudando a família no processo para trazer o corpo de Douglas para o Brasil. Segundo Lamblet, a previsão é que o laudo da necropsia deve sair na segunda-feira (29) e só então o corpo poderá ser transportado.

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