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Naufrágios em barcos de imigrantes chegando à Europa se tornaram rotina | STR/AFP
Naufrágios em barcos de imigrantes chegando à Europa se tornaram rotina| Foto: STR/AFP

O número de imigrantes e refugiados que chegaram à Europa pelo mar nas primeiras seis semanas do ano subiu dez vezes em comparação com o mesmo período de 2015. E o número de mortes também aumentou, segundo informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) nesta terça-feira (9).

O número de chegadas passou de 76 mil em 2016, e o de mortes em rotas do Mediterrâneo subiu de 69 nas primeiras seis semanas de 2015 para 409 no mesmo período deste ano, segundo a OIM.

A organização afirmou que não espera queda no número de pessoas que chegam à Europa e previu que no mês que vem a Grécia vá receber a milionésima pessoa desde que a crise começou.

Mais de 1,1 milhão de pessoas que fogem da pobreza, da guerra e da repressão no Oriente Médio, na Ásia e na África alcançaram as margens da Europa no ano passado, a maioria rumo à Alemanha.

Cerca de metade das chegadas é de refugiados da guerra da Síria, afirma o Acnur, a agência da ONU para refugiados.

A OIM informou que 70.365 imigrantes e refugiados chegaram por via marítima à Grécia neste ano, e 5.898, à Itália.

Morreram 319 pessoas durante a travessia no leste do Mediterrâneo – da Turquia para a Grécia – e 90 na rota central – entre a África do Norte e a Itália.

O porta-voz da OIM, Joel Millman, disse que a organização não espera que o número de chegadas de imigrantes e refugiados na Europa caia em um futuro próximo.

“Há mais crises simultâneas acontecendo do que já vimos antes”, disse. “As condições nos países que estão alimentando a crise migratória estão, em grande parte, inalteradas, por isso achamos que os números provavelmente vão continuar os mesmos.”

A travessia do leste do Mediterrâneo é mais segura do que a rota do Mediterrâneo central, onde houve um grande número de naufrágios em 2015.

Mas Millman disse que o número de mortes no mar Egeu aumentou subitamente no final do ano passado, quando pequenos barcos afundaram quase diariamente -possivelmente mostrando que os imigrantes estavam usando barcos com menos navegabilidade.

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