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Os choques nos estados de Borno, Bauchi, Kano e Yobe, todos no norte da Nigéria, provocaram a morte de mais de 600 pessoas desde domingo, de acordo com informações de policiais e testemunhas. Segundo os relatos disponíveis, as forças nigerianas de segurança mataram um líder e cerca de 200 seguidores de uma seita islâmica radical conhecida como "Taleban nigeriano" somente durante o cerco a uma mesquita em Maiduguri.

O Exército nigeriano investiu contra a sede da seita durante toda a noite de quarta (29) e, nesta quinta (30) pela manhã, quando os seguidores tentaram fugir da mesquita, os soldados abriram fogo, afirmaram testemunhas e fontes militares. Apesar de o paradeiro do líder da seita, Mohammed Yusuf, ainda ser desconhecido, um funcionário do alto escalão da polícia disse que o vice-líder do grupo está entre os mortos. "Abubakar Shekau foi morto junto com 200 seguidores enquanto tentava fugir" de Maiduguri, a capital de Borno, disse uma fonte na polícia.

O "Taleban nigeriano" surgiu em 2004, quando estabeleceu uma base em Kanamma, no estado de Yobe, fronteira com Níger. Dessa região, o grupo passou a promover ataques contra a polícia. A maior parte da população do norte da Nigéria é muçulmana, mas há redutos cristãos nas principais cidades da região, o que causa tensão entre os dois grupos religiosos. Desde 1999, 12 estados do norte nigeriano estabeleceram a Sharia, código de leis islâmico.

Diminuição da violência

A violência diminuiu nesta sexta em Maiduguri, no norte da Nigéria, depois dos confrontos entre milicianos islâmicos e forças de segurança, relatou um repórter da Associated France-Press. Poucas pessoas circulavam pelas ruas enquanto um helicóptero sobrevoava a cidade. De acordo com o repórter, não eram ouvidos sons de tiros nem explosões. Usman Chiroma, porta-voz do governo do Estado nigeriano de Borno, disse que a situação está "sob controle" e que o toque de recolher foi levantado por duas horas.

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