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Militares colombianos e americanos participam de exercício militar de prontidão médica em La Guajira, Colombia, em 3 de março| Foto: Sgt. Philip Ribas/Exército EUA

Um tribunal da Colômbia ordenou nesta quinta-feira (2) que o presidente Iván Duque suspenda todas as atividades do exército dos Estados Unidos em território colombiano, depois que um grupo de 25 senadores reivindicou na justiça que a atuação dos militares estrangeiros seja discutida pelo Congresso. O governo Duque se recusou a levar o assunto ao Senado, afirmando que os americanos não participam de operações e que apenas fornecem assessoria.

A juíza do Tribunal Administrativo de Cundinamarca ordenou que Duque "suspenda os efeitos legais da autorização para qualquer atividade" da Brigada de Assistência das Forças de Segurança (SFAB, na sigla em inglês) do Comando Sul dos EUA no país. Ela também pediu que Duque envie ao Senado, no prazo de 48 horas, "todas as informações e informações relacionadas à entrada, chegada e permanência da brigada" em questão, segundo noticiou o El Espectador.

Segundo os senadores, 53 militares americanos encontram-se na Colômbia. Eles começaram a chegar ao país no fim de maio para apoiar a luta contra o narcotráfico e dar suporte a uma operação antidrogas dos EUA no Caribe, que sugere a participação da ditadura venezuelana no tráfico de drogas da região. Todos cumpriram uma quarentena de 14 dias ao desembarcar no país.

Em uma sessão do Senado, em 3 de junho, o ministro da Defesa da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, disse que os militares americanos pertencem à "infantaria" e que são um grupo interdisciplinar com "especialistas na execução de operações militares", comunicação e proteção. Ele explicou ainda que os 53 americanos estão auxiliando em táticas para a luta contra o narcotráfico, mas que não participam de operações e "nem estarão em terreno".

Porém, os senadores reivindicam saber todas as informações sobre a atuação da SFAB na Colômbia, desconhecidas até agora. A oposição diz que a presença do exército americano em solo colombiano é uma "violação à soberania" e às funções do Senado, já que a Constituição do país prevê que a Câmara Alta seja consultada em caso de atuação de tropas estrangeiras. Os senadores da esquerda também afirmam que isso pode levar ao aumento da tensão na fronteira com a vizinha Venezuela.

Trujillo, o ministro da Defesa, afirmou que vai contestar a decisão do tribunal no Conselho de Estado, o mais alto tribunal administrativo da Colômbia. "A cooperação internacional é essencial para fortalecer a luta contra o narcotráfico", afirmou ele em áudio enviado a jornalistas, noticiou o Infobae.

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