A Justiça da Rússia reduziu nesta terça-feira (6) em dois meses as penas do ex-magnata do petróleo Mikhail Khodorkovsky e de seu sócio Platon Lebedev, condenados em 2005 por fraude fiscal, roubo de petróleo e lavagem de dinheiro.
Os dois eram proprietários da petroleira Yukos, uma das maiores petroleiras da Rússia até que Khodorkovsky foi preso, em 2003. Até então o homem mais rico da Rússia, ele foi acusado de lavar US$ 23,5 milhões (R$ 54 milhões) e roubar petróleo de poços estatais.
A condenação é vista por grupos de oposição e de direitos humanos como uma vingança do presidente Vladimir Putin, que o acusa de tentar retirá-lo do poder na época. Devido ao processo, a empresa petroleira, que era avaliada em US$ 40 bilhões (R$ 112 bilhões), faliu.
Os dois foram condenados a oito anos de prisão em 2005, mas a pena foi ampliada em 2010 para 14 anos de prisão, que foram reduzidas pela última vez em dezembro a 11 anos. Com nova revisão, Khodorkovsky será liberado em agosto de 2014, enquanto Lebedev sairá da prisão em maio de 2014.A defesa exigia a liberação imediata e diz que vai apelar para ter uma maior redução da pena, que considera ter sido maior que o normal por razões políticas.
Investidores estrangeiros veem a prisão do magnata como o primeiro indício da crescente intervenção na economia feita por Putin em sua primeira presidência, encerrada em 2008.
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