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| Foto: Brendan Smialowski/AFP

O presidente Trump anunciou, neste sábado (21), que planeja divulgar milhares de documentos inéditos relacionados ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy (JFK) em 1963. 

“Sujeito ao recebimento de novas informações, eu permitirei, como presidente, que os arquivos JFK, secretos por muito tempo, sejam liberados”, Trump tweetou na manhã deste sábado. 

Estudiosos do assassinato de Kennedy especulam há semanas se Trump divulgaria os documentos. O Kennedy Assassination Records Collection Act, uma lei de 1992, ordenou que milhões de páginas – muitas delas arquivadas nos documentos da CIA e do FBI – fossem publicadas em 25 anos, até o dia 26 de outubro próximo. Desde então, o Arquivo Nacional liberou a maioria dos documentos, com redação ora integral, ora parcial. 

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Um lote final, no entanto, permanece secreto e apenas o presidente tem a autoridade para estender o segredo sobre os papéis além do prazo de outubro. Em seu tweet, Trump pareceu sugerir que divulgará todos os documentos restantes. Mas ele também se precaveu, sugerindo que, entre hoje e o dia 26 de outubro, se outras agências argumentassem fortemente contra a liberação dos documentos, ele não os liberaria. Trump também não foi claro se publicaria todos os documentos integralmente ou algum deles editado. 

Nos últimos dias, um funcionário do Conselho de Segurança Nacional disse ao The Washington Post que agências governamentais estavam pressionando o presidente a não divulgar alguns dos documentos. Mas Roger Stone, um confidente de Trump, contou esta semana a Alex Jones, editor do Infowars, que ele pressionou Trump pessoalmente a publicar todos os documentos. 

Os estudiosos do assassinato de Kennedy dizem que não acreditam haver informações bombásticas no último lote dos documentos. Eles suspeitam, porém, que os papéis vão iluminar as ações de Lee Harvey Oswald, o assassino de Kennedy, enquanto viajou pela Cidade do México no final de setembro de 1963, cortejando espiões cubanos e soviéticos. 

Phil Shenon, que escreveu um livro sobre a Comissão Warren, o grupo de congressistas que investigou o assassinato de Kennedy, declarou estar satisfeito com a decisão de Trump, mas questiona até que ponto os documentos serão realmente liberados. 

“É uma ótima notícia que o presidente tenha focado nisso e que ele esteja tentando demonstrar transparência, mas permanece a questão se ele vai abrir o lote integralmente – cada palavra em cada documento, como a lei ordena”, Shenon disse. “Minha compreensão é que ele não vai fazer isso sem enfurecer pessoas na CIA e em outros lugares que estão determinadas a manter pelo menos alguma informação secreta, especialmente nos documentos criados nos anos 1990”.

Tradução: Renan Barbosa

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