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Presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva ao lado da secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, e do vice-presidente, Mike Pence | MANDEL NGANAFP
Presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva ao lado da secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, e do vice-presidente, Mike Pence| Foto: MANDEL NGANAFP

O presidente americano Donald Trump recuou na política de separar as famílias que tentam entrar ilegalmente nos Estados Unidos e assinou uma ordem executiva que impede a separação de pais e filhos na fronteira. Ele voltou atrás no que a CNN chama de “argumento desacreditado” de que não tinha autoridade para acabar com a medida que era implementada pelas autoridades de fronteira. 

“Estamos assinando uma ordem executiva. É algo muito importante. Diz respeito a manter as famílias juntas, ao mesmo tempo em que assegura que os Estados Unidos terão uma fronteira muito poderosa, muito forte.” 

A mudança no posicionamento de Trump vem após enfrentar pressão intensa das mais variadas lideranças políticas, religiosas e de outros países que pediam para suspender as separações. As crianças eram mantidas em instalações que se assemelhavam a jaulas, localizadas em centros de detenção. 

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Paralelamente, o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, afirmou nesta quarta-feira que colocará em votação na Casa um projeto de lei sobre imigração que encerraria a prática do governo do presidente e colega de partido Donald Trump de separar famílias de imigrantes que cruzam a fronteira ilegalmente. 

"Podemos reforçar nossas leis imigratórias sem separar famílias", disse o parlamentar. "Espero que consigamos aprovar (o projeto de lei) amanhã." 

Na letra fria do projeto, contudo, a forma de evitar as separações seria manter as famílias unidas em centros de detenção de imigrantes enquanto os pais são acionados criminalmente sob a política de "tolerância zero" de Trump. 

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O modus operandi do atual governo em relação à imigração ilegal tem sido amplamente criticado e resultou na separação de milhares de crianças imigrantes de seus pais. 

Líderes republicanos na Câmara têm amealhado votos para aprovar a proposta anunciada por Ryan, que eles descrevem como um "compromisso" entre conservadores e moderados no partido para atender a cada um dos "quatro pilares" exigidos por Trump na frente imigratória. 

Além de aprovar o uso de US$ 25 bilhões para construir um muro ao longo da fronteira sul dos EUA, a medida ofereceria seis anos de status legal renovável a jovens imigrantes levados ao país por seus pais e que moram em solo americano sem autorização legal. O projeto também encerraria o programa de diversidade de loteria de vistos, que torna elegíveis a uma permissão de residência 55 mil pessoas por ano de países sub-representados na população dos EUA, e cortaria o programa de vistos baseado em parentesco.

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