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O presidente dos EUA, Donald Trump, chega para entrevista coletiva diária na Casa Branca, 16 de abril. Trump anunciou recomendações para a reabertura da economia no país
O presidente dos EUA, Donald Trump, chega para entrevista coletiva diária na Casa Branca, 16 de abril. Trump anunciou recomendações para a reabertura da economia no país| Foto: MANDEL NGAN / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta quinta-feira (16), um plano para que os estados do país possam reduzir as restrições de distanciamento social impostas pelos governos estaduais como medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.

O plano detalha uma estratégia em etapas para a reabertura de escolas, restaurantes, bares, academias e outros negócios e espaços públicos.

O presidente americano conversou mais cedo com os governadores por telefone e deixou claro que a decisão sobre quando e como os estados seriam reabertos era deles.

As regras anunciadas por Trump não serão obrigatórias. O republicano mudou o tom após alegar no início da semana que tinha "autoridade total" para ordenar a retomada das atividades no país.

Vários governadores de estados americanos se uniram para coordenar planos de reabertura de restaurantes, academias e outros negócios.

"Não vamos abrir tudo de uma vez, mas sim com um passo cuidadoso de cada vez", disse Trump em coletiva de imprensa na Casa Branca nesta noite. "Alguns estados poderão reabrir antes de outros", disse.

Estratégia em etapas

Em um documento enviado aos 50 governadores do país na tarde desta quinta-feira e divulgado por sites de notícias locais, a Casa Branca detalha uma estratégia de três fases para reduzir as restrições de acordo com o número de casos de Covid-19, a capacidade de atendimento dos hospitais e de realizar testes e monitorar contatos dos infectados.

O documento de 18 páginas recomenda a todas as pessoas manter, a todo tempo, boas práticas de higiene, como lavar as mãos de maneira adequada, e "considerar fortemente" o uso de materiais para cobrir o rosto em público. As recomendações dizem ainda que aqueles que se sentirem doentes devem ficar em casa e que os empregadores devem empregar medidas de distanciamento social e o uso de equipamentos de proteção.

Os critérios para cada fase são uma trajetória em queda de sintomas de Covid-19 e de doenças respiratórios em 14 dias; queda de casos confirmados de Covid-19 em 14 dias; capacidade dos hospitais de tratar todos os pacientes sem crise e de testar todos os profissionais de saúde em risco.

As medidas de restrição são gradualmente reduzidas em cada fase.

Na primeira fase, o documento recomenda que as escolas que estão fechadas permaneçam fechadas e que os trabalhadores que podem trabalhar remotamente continuem trabalhando de casa. Viagens não essenciais devem ser evitadas. Bares devem permanecer fechados, mas lugares maiores, incluindo cinemas e alguns restaurantes, podem reabrir desde que sigam protocolos rígidos de distanciamento social.

Se as infecções continuarem a cair por mais duas semanas, o estado ou região pode passar para a segunda fase. Neste etapa, as viagens não essenciais podem ser retomadas. Reuniões de mais de 50 pessoais onde medidas de distanciamento não são possíveis são desaconselhadas nessa etapa. Indivíduos vulneráveis devem continuar em casa. Cirurgias eletivas podem ser feitas.

As pessoas devem continuar a trabalhar de casa quando possível. As escolas e creches podem reabrir. Academias podem abrir se adotarem medidas sanitárias e de distanciamento. Bares podem operar com menor ocupação.

Na terceira fase, para estados e regiões que atendam os critérios pela terceira vez, os indivíduos vulneráveis podem retomar interações públicas, desde que mantenham distância física. Esta fase é a volta ao "novo normal", disse Deborah Birx, a médica que coordena a força-tarefa da Casa Branca contra o coronavírus.

Empregadores nesta etapa podem retomar as atividades nos locais de trabalho sem restrições.

Impactos da pandemia

Na última semana, 5,24 milhões de pessoas solicitaram seguro-desemprego nos EUA, segundo relatório do Departamento do Trabalho. Mais de 22 milhões de americanos solicitaram o auxílio nas últimas quatro semanas, enquanto as medidas para controlar o avanço do coronavírus suspendem atividades no país.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de casos confirmados de Covid-19 e mortes pela doença. Até esta quinta-feira, 667.225 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no país e 32.868 morreram por causa da doença. Desse total, 54.378 se recuperaram, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.

O estado de Nova York, o mais afetado pela pandemia, estendeu a quarentena até o dia 15 de maio. O governador Andrew Cuomo anunciou nesta quinta-feira que estabelecimentos comerciais e escolas estarão fechados no estado até essa data. A medida foi tomada em coordenação com governadores de outros seis estados.

Conteúdo editado por:Helen Mendes
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