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Grupo está sendo impedido por manifestantes de deixar o local

Os quatro turistas paranaenses que desde terça-feira (20) estavam retidos por mineradores que faziam manifestação por melhores condições de trabalho na Bolívia, próximo à fronteira com o Chile, foram liberados na manhã desta quarta-feira (21). A informação é de familiares de Diogo Ruiz, que estava com o pai e dois amigos passeando pela região e só souberam da liberação no fim da tarde.

De acordo com os familiares, Ruiz telefonou no fim da tarde desta quarta-feira (21) avisando que tiveram a caminhonete na qual viajavam liberada e puderam seguir viagem. Também segundo a família, o rapaz não deu mais detalhes sobre como foi o tempo em que o grupo ficou preso durante manifestação. Na região onde eles estão o serviço de telefonia é precário.

O comerciante Herotides de Arruda, pai de Diogo Ruiz, e os amigos do rapaz, Marcos e Bruno Tosin passeavam pela estrada que liga Potosí ao Salar de Uyuni, quando tiveram o passeio interrompido por um protesto. Segundo informações do telejornal ParanáTV 1ª Edição, da RPC TV, os manifestantes tomaram as caminhonetes que transportavam os turistas que passavam pelo local e impediram que eles seguissem viagem. Os manifestantes não estavam armados. Eles são contrários à atuação da mineradora San Cristóbal, de capital japonês, na região. A mineradora explora níquel, estanho, lítio e prata na região.

A família foi comunicada do que considerou um sequestro por meio de uma mensagem de celular, e não havia conseguido mais contato com os quatro. Segundo a mensagem, cerca de 90 pessoas estavam presas na manifestação. "Ficamos preocupados porque não sabemos se eles estão bem ou que vai acontecer com eles", disse a mãe de Diogo em entrevista ao telejornal, na manhã desta quarta-feira.

Os quatro paranaenses viajaram para o Chile no sábado e deveriam passar quatro dias na região do Atacama. A previsão, agora, é que até o fim da manhã de quinta-feira eles cheguem a Santiago.

Embaixada

De acordo com informações da Agência Brasil, na tarde desta quarta-feira a Embaixada do Brasil na Bolívia pediu às autoridades locais cuidados redobrados para garantir a integridade física dos brasileiros.

Segundo o conselheiro da embaixada brasileira Carlos França, não houve hostilidade contra o grupo de 90 turistas, incluindo os brasileiros, que se dirigiam ao Salar de Uyuni. Ele informou que a manifestação em nada lembrou os violentos protestos contra o governo de Evo Morales ocorridos há dois anos.

"Não há conflito. Não há aquele clima de batalha campal. Além disso, não se trata de um ataque a brasileiros ou a turistas. O que está ocorrendo é uma questão local. São trabalhadores que protestam contra a presença dessa grande mineradora. Nossa preocupação é no sentido de garantir a integridade dos brasileiros", destacou o conselheiro.

A estrada, que foi bloqueada em cinco pontos, sai da cidade de Potosí, passa pelo portal do Salar de Uyuni e vai até a fronteira com o Chile.

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