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Greve dos caminhoneiros no Irã | Reprodução/ILNA
Greve dos caminhoneiros no Irã| Foto: Reprodução/ILNA

Mesmo após o governo federal ter anunciado acordo com sindicatos para suspender a greve por 15 dias, os caminhoneiros disseram que vão continuar parados. Desta maneira, o Brasil entra no quinto dia de greve nesta sexta-feira (25) à beira de um colapso: transporte público está ameaçado, a prova da OAB foi suspensa, fábricas decidiram parar a produção, municípios declararam situação de emergência.

Mas o Brasil não é o único país que está sofrendo por causa de uma greve de caminhoneiros nesta semana. O Irã também está passando por isso, embora numa escala menor e por um motivo diferente - afinal, o Irã tem um dos preços mais baratos para o diesel e a gasolina (US$ 0,07 por litro, segundo o Global Petrol Prices).

Segundo a Associated Press noticiou na quarta-feira (23), motoristas de caminhões em quatro províncias do país fizeram paralisações devido aos baixos salários. Eles reclamam que o que ganham não é suficiente para cobrir suas despesas, as quais têm aumentado no último ano, incluindo aí filtros de ar e pneus. O número de manifestantes não foi informado pela agência de notícias semi-estatal iraniana (Ilna), mas a Radio Farda, um dos braços da Radio Free Europe/Radio Liberty (financiada pelo governo dos EUA), indicou que centenas de motoristas entraram em greve, “fazendo o transporte de combustível, comida e outras commodities ser interrompido em várias províncias”.

No Irã, os caminhoneiros trabalham para o governo na maior parte do tempo, já que é ele o maior importador e distribuidor de bens estratégicos - especialmente alimentos e combustíveis. Segundo um economista ouvido pela Radio Farda, o governo apoia baixas tarifas de frete para tentar controlar o custo geral da distribuição de produtos e, por consequência, prevenir uma subida da inflação.

Nesta sexta-feira (25), o governo iraniano atendeu a uma das demandas dos grevistas: a taxa do frete aumentará entre 15% e 20% a partir de sábado (26). Outras demandas ainda estão em negociação.  Com isso, a maior parte dos bloqueios de rodovias e paralisações parece ter terminado. Entretanto a proposta do governo não agradou a todos. “Alguns pedem um aumento maior do que 20% para a taxa de frete”, segundo disse Khan Bolouki, presidente da União dos Caminhoneiros Iranianos à Radio Farda.

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