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O conselho de chefes de Estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), reunido em Lima em sessão extraordinária, pediu nesta sexta-feira (19) a todos os partidos participantes das eleições venezuelanas que respeitem os resultados que atribuíram a vitória a Nicolás Maduro.

A declaração emitida pelos líderes da Unasul na madrugada desta sexta-feira, depois de uma reunião de três horas de duração.

Além disso, os governantes expressaram que "qualquer exigência, questionamento ou procedimento extraordinário" solicitado por algum dos participantes desse processo eleitoral "deverá ser canalizado e resolvido dentro da ordem jurídica vigente".

A chamada Ata de Consenso também fez uma chamada para o fim de todos os atos de violência na Venezuela e definiu a criação de uma comissão para investigar os conflitos de segunda-feira, quando oito pessoas morreram.

A reunião extraordinária contou com a participação dos líderes de Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica; Brasil, Dilma Rousseff; Colômbia, Juan Manuel Santos; Chile, Sebastián Piñera; e Bolívia, Evo Morales, além de Maduro e do anfitrião peruano, Ollanta Humala.

Horas antes da reunião em Lima, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a ampliação da auditoria para 100% das urnas das eleições do último domingo, como reivindicava o líder opositor, Henrique Capriles, que aceitou a decisão.

No entanto, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, deixou claro que não se trata da recontagem dos votos um por um, apenas será ampliado de 56% para 100% o total de urnas auditadas.

No domingo passado, o candidato chavista, Nicolás Maduro, venceu o líder da oposição pela curta margem de 1,8%, o que representa 272 mil votos de diferença.

Imediatamente, Capriles anunciou que não reconheceria os resultados até que houvesse a recontagem de 100% dos votos. Maduro, por sua vez, antes de viajar para a reunião da Unasul, atacou seu adversário e assegurou que deteve "um golpe de Estado".

Vários dos presidentes que chegaram nesta quinta-feira a Lima se dirigirão nas próximas horas a Caracas para presenciar a posse de Maduro, que convocou uma "grande mobilização" popular pelas ruas da capital venezuelana.

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