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O presidente da Comissão Europeia - braço executivo da União Europeia (UE) - José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, divulgaram neste domingo (16) um comunicado no qual afirmam que o referendo sobre a anexação da Crimeia à Rússia é ilegal e não terá seu resultado reconhecido pelo bloco.

Os líderes europeus condenaram a violação da soberania da Ucrânia e pediram que a Rússia retire suas tropas do país. Segundo eles, os ministros de Relações Exteriores dos 28 países da UE vão se reunir nesta segunda-feira em Bruxelas para decidir sobre "medidas adicionais" contra a Rússia.

"A resolução para a crise na Ucrânia precisa ser baseada na sua integridade territorial, soberania e independência, dentro da estrutura da constituição ucraniana e cumprimento rígido das regras internacionais", dizem Barroso e Rompuy no comunicado. Segundo ele, somente por meio da diplomacia, que incluiria conversas diretas entre a Rússia e a Ucrânia, será possível encontrar uma solução.

Casa Branca diz que intervenção na Crimeia terá "custo" para a RússiaFolhapress

O governo americano reafirmou hoje que não reconhecerá o resultado do referendo realizado na Crimeia e disse que a intervenção militar russa na península terá um "custo" para a Rússia.

"Como os EUA e os nossos aliados já deixaram claro, a intervenção militar e a violação da lei internacional vão trazer custos cada vez maiores para a Rússia e não só pelas medidas impostas pelos EUA e por nossos aliados, mas como resultado direto das ações de desestabilização da própria Rússia", disse hoje o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um comunicado.

Segundo ele, neste século, não existe mais a possibilidade de que a comunidade internacional permaneça calada enquanto um país "se apodera à força do território de outro".

Em entrevista à rede NBC, o conselheiro-sênior da Casa Branca Dan Pfeiffer disse que Moscou pode esperar por sanções econômicas dos EUA nos próximos dias.

"Estamos colocando o máximo de pressão que podemos sobre os russos para fazer a coisa certa", disse Pfeiffer. "Demos a eles a oportunidade de diminuir as tensões e colocar as coisas em seu devido lugar, porque eles sabem que há custos para sua ação. Os custos são econômicos", disse.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de uma ação militar, Pfeiffer disse que a Casa Branca está se concentrando em aprovar, no Congresso, um projeto de lei de ajuda econômica para a Ucrânia.

No entanto, ele sugeriu que o uso da força ainda não foi descartado. "Nós estamos olhando para todas as formas de ajuda", disse.

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