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Espécie de lêmure ameaçada de extinção: corrida contra o tempo | Nora Schwitzer/AFP
Espécie de lêmure ameaçada de extinção: corrida contra o tempo| Foto: Nora Schwitzer/AFP

Cientistas anunciaram ontem mais um obstáculo na luta contra a aids. A vacina que, em se­­tem­­bro do ano passado, ganhou destaque por conseguir diminuir em 31% o risco de contaminação por HIV em voluntários na Tailândia, na verdade não funciona tão bem. Segundo os próprios pesquisadores que a testaram, a proteção que ela oferece é apenas temporária – cerca de um ano.

O valor de 31% pode não parecer alto. Real­­men­­te seria necessário mais do que isso para que fosse viável produzir uma vacina em grande escala. Mas era a primeira vez em que uma vacina tinha algum grau de sucesso, mesmo que parcial. A esperança era que, a partir dela, fosse possível desenvolver uma imunização mais eficaz.

Por isso, na época, os cientistas envolvidos na pesquisa estavam otimistas. Eles pertenciam a órgãos americanos – incluindo o Exército – e tailandeses, além de uma empresa e uma ONG, donas cada uma de metade da vacina.

Anthony Fauci, chefe do Insti­­tuto Nacio­­nal de Alergia e Doen­­ças Infec­­ciosas dos EUA, um dos financiadores do teste na Tailân­­dia, disse então: "Faz mais de 20 anos que todas as vacinas foram essencialmente fracassos. Pa­­rece que estávamos tateando por um corredor escuro, até que uma porta finalmente se abriu’’.

A porta continua aberta, mas agora parece que será ainda mais difícil atravessá-la.

Ainda útil

Para o coronel Nelson Michael, do Instituto Walter Reed de Pes­­quisas do Exército dos EUA, que anunciou as novas descobertas na Conferência de Retrovírus e Infecções Oportu­­nistas, em São Francisco (EUA), a vacina ainda é útil. "Ela tem um efeito fraco e modesto, mas é possível construir algo a partir dela.’’

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Metade das espécies primatas está ameaçada (foto)

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Interna­­cional para a Natureza (IUCN), divulgada nesta semana pelo Zoológico de Bristol, na Grã-Bretanha, surpreendeu muitos ambientalistas. De acordo com o documento, cerca de 25 espécies de primatas, incluindo os go­­rilas e os lêmures, correm o risco de serem extintas nos próximos anos. O relatório mostra que 48% das 634 espécies de primatas podem desaparecer. A lista denuncia ainda que cinco espécies de primatas de Ma­­da­­gascar, 6 da África, 11 da África e três da América do Sul podem sumir na próxima década.

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