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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estava a horas de fazer um discurso histórico no Gran Teatro de Havana, na primeira passagem de um presidente americano por Cuba em 88 anos, quando foi avisado dos atentados em Bruxelas, que deixou dezenas de mortos.

Ao abrir seu discurso no evento, em breve referência aos atentados, Obama disse que “podemos e vamos derrotas aqueles que ameaçam a segurança das pessoas de todo o mundo”. “Os pensamentos e orações do povo americano estão com o povo da Bélgica, e nós somos solidários a eles”, continuo o presidente.

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“Faremos o que for necessário para apoiar nossos amigos e a aliada Bélgica. O mundo deve se unir. Devemos estar juntos, independentemente da nacionalidade, da raça ou da fé, lutando contra o flagelo do terrorismo.”

Enquanto isso, o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, está monitorando de perto a situação, segundo comunicado.

O FBI coordena respostas ao lado de agentes belgas. Já se especula que a agência americana possa se valer do terrorismo na Bélgica para influenciar uma batalha que trava contra a Apple nos tribunais americanos: o FBI quer obrigar a empresa a ajudá-lo a desbloquear aparelhos iPhones de suspeitos -como os dos responsáveis pelo tiroteio que acabou em 14 mortos em San Bernardino (Califórnia), em dezembro.

Mais segurança

Em reação às explosões no país europeu, autoridades aumentaram a segurança em pontos considerados como potenciais alvos nos EUA, como no metrô de Washington D.C. A estatal ferroviária Amtrak afirmou ter escalado mais oficiais para reforçar a proteção aos passageiros, e a companhia aérea Delta desviou voos que iriam para Bruxelas.

Reflexo na disputa pela Casa Branca

Pré-candidato à Presidência pelo Partido Republicano nos EUA, Donald Trump adotou o tom de “eu avisei” ao comentar os ataques. “Venho falando disso faz tempo. Agora, veja Bruxelas”, disse o magnata, de quem partiu a polêmica proposta de fechar as fronteiras americanas para todos os muçulmanos por um tempo.

“Vocês todos se lembram o lugar lindo e seguro que era Bruxelas. Não é mais. É de um mundo diferente! Os EUA precisam ser vigilantes e espertos!”, escreveu em seu Twitter na manhã desta terça (22).

Em entrevista por telefone ao programa “Fox & Friends”, ele deu a entender que o fechamento das fronteiras dos Estados Unidos a certos imigrantes era a melhor defesa. “Nós temos que ser muito, muito vigilantes sobre quem permitimos dentro deste país.”

Seus rivais na disputa pela nomeação republicana à Casa Branca também se manifestaram sobre o atentado. Tez Cruz pediu que seus seguidores no Facebook não “se enganem”, pois as últimas explosões “não são um acidente isolado”.

“O Islã radical está em guerra conosco”, disse o republicano em sua rede social. Em seguida, disparou contra Obama. “Por sete anos, tivemos um presidente que se recusa a reconhecer esta realidade. E a verdade é: não podemos esperar que derrotaremos este mal enquanto nos recusarmos a dar um nome a ele. Isto termina em 20 de janeiro de 2017, quando eu for empossado como presidente. Nós vamos nomear nosso inimigo –o terrorismo radical islâmico.”

O também pré-candidato republicano John Kasich afirmou, em comunicado oficial, que a “onda de terror” deslanchada na Europa é um ataque “ao nosso estilo de vida e aos valores democráticos sobre os quais nosso sistema foi construído”. O governador de Ohio pediu que os EUA e aliados se unam para “destruir os perpetradores de tamanhos atos do mal”.

Líder na disputa à Casa Branca pelos democratas e ex-Secretária de Estado na gestão Obama, Hillary Clinton, em discurso na Aipac, organização que faz lobby pró-Israel nos EUA, disse que o mundo precisa das “mãos firmes” do próximo presidente. A fala foi encarada como crítica à “cabeça quente” do rival Trump.

Clinton defendeu, como estratégia de combate ao terrorismo, dificultar a movimentação financeira do Estado Islâmico pelo mundo e trabalhar com organizações muçulmanas em seu país para prevenir a radicalização

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