
Reconhecimento
México homenageará Bono Vox "por seu trabalho humanitário"
EFE
O governo do México concederá ao cantor irlandês Bono Vox a Ordem da Águia Asteca "por seu trabalho humanitário e como cofundador da organização The One", que luta contra a pobreza.
Paul David Hewson, nome de batismo de Bono, receberá a distinção na cidade de Nova York neste mês, segundo o Diário Oficial da Federação, órgão oficial do governo mexicano.
O México destaca "que o compromisso do senhor Hewson com as causas humanitárias o levou a aproveitar sua imagem pública como líder do grupo de rock U2 para impulsionar campanhas em favor de organizações como Anistia Internacional, Greenpeace, Free Burma, The Chernobyl Childrens Project, entre outras".
"O reconhecimento internacional e a simplicidade do senhor Hewson confluem em uma personalidade que soube transcender as gerações", acrescenta o comunicado.
Lembra também que Bono foi ganhador do Prêmio Nobel da Paz e destaca que "sua convicção e compromisso com as causas sociais o levaram a participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, e no Fórum Social em Porto Alegre"
Aos 46 anos, o presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, não está preocupado com as acusações de fraude eleitoral feitas por alas da esquerda. O político do Partido Revolucionário Institucional (PRI) defende o diálogo com a oposição visando às reformas estruturais a partir de 1.º de dezembro, quando tomará posse. Em visita ao Brasil, ele conversou ontem com a Agência O Globo, após se reunir com a presidente Dilma Rousseff.
O senhor disse que pretende realizar reformas, especialmente na área trabalhista. Como conseguir esse objetivo num país que tem sindicatos tão fortes? O fato de O PRI não ter maioria no Congresso mexicano não seria um obstáculo?
Há um bom clima político no meu país. Um maior ambiente de civilidade e amadurecimento em todas as esferas políticas, na direita e na esquerda. Todos estão interessados em dar sua contribuição para as reformas estruturais que o país necessita.
As eleições terminaram de maneira complicada, com acusações de fraude e compra de votos, principalmente por parte de seu adversário, López Obrador. Como o senhor lida com essas acusações? Haverá algum problema de legitimidade, como enfrenta até hoje o atual presidente, Felipe Calderón?
Vejo um clima completamente distinto. A eleição foi um processo exemplar e não há provas e elementos que demonstrem que houve fraude. A Justiça eleitoral reafirmou a validez da votação e estamos todos convencidos de que o momento é de empreendermos um novo caminho, que é o da modernização e das reformas estruturais.
O México passa por momentos difíceis, por causa do crime organizado. Qual o primeiro passo para combater as organizações criminosas?
O tema segurança não é privativo do México. Faz parte da região e, para os mexicanos, é prioritário e sensível. Faremos ajustes na estratégia em vigor. Vamos buscar maior colaboração entre os vários níveis de governo, contratar mais pessoas para a segurança pública e fazer uso maior da inteligência para combater de maneira focada as organizações criminosas.
O México resolveria isso sozinho ou contaria com a ajuda de parceiros, como os Estados Unidos?
Estou aberto a toda forma de apoio. Um tema tão importante deve levar em conta a colaboração com o esforço do nosso governo nessa matéria, sem perdemos nossa soberania.
Nos últimos anos, o México tem se distanciado de governos tidos como de esquerda e estado mais próximo dos EUA. Como será sua relação como os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e Cristina Kirchner (Argentina)?
Quero construir uma relação de diálogo e respeito com todos os presidentes da América Latina e do Caribe. Estou disposto a dar maior atenção a esses países e firmar acordos, sempre com respeito à soberania dos povos. Tendo isso como premissa, interessa-me ter uma relação cordial, respeitosa e construtiva. O fato de minha primeira viagem ao exterior como presidente eleito ser a América Latina deixa claro qual será minha prioridade.
Como México e Brasil podem trabalhar juntos sem disputar a liderança na região?
Somos as duas economias mais importantes da região e, em vez de competirmos entre nós, devemos buscar a cooperação, a complementariedade e tomarmos decisões conjuntas nos fóruns e organismos multilaterais.
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