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Ministro da defesa, Vladimir Padrino, reafirmou lealdade a Nicolás Maduro nesta terça-feira (19) | YURI CORTEZ/AFP
Ministro da defesa, Vladimir Padrino, reafirmou lealdade a Nicolás Maduro nesta terça-feira (19)| Foto: YURI CORTEZ/AFP

A Venezuela declarou, nesta terça-feira (19), o fechamento das fronteiras aérea e marítima com as ilhas de Curaçao, Aruba e Bonaire, em uma ação que faz parte da operação Sentinela, ativada pelas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) há quatro meses para “resguardar a soberania diante de possíveis incursões não autorizadas”.  O objetivo é evitar uma violação do território venezuelano com a entrada de ajuda humanitária dos EUA e aliados, prevista para esta sábado (23).

O diretor de Proteção Civil do Estado de Falcon, na Venezuela, Gregorio José Montano, anunciou que o regime de Nicolás Maduro proibiu viagens marítimas de e para três ilhas caribenhas holandesas, região que tem sido associada a esforços para pressionar o ditador venezuelano, enviando ajuda humanitária ao país. 

De acordo com a Agência de Notícias Venezuelanas, sob ordem da vice-presidência, militares foram enviados para a costa do estado de Falcón, no norte do país, e se instalaram em portos e aeroportos onde farão monitoramento permanente. As atividades de pesca e do Centro Refinador de Paranaguá, um dos maiores complexos petrolíferos da região, não serão afetadas.

A proibição vem à medida que o líder da oposição, Juan Guaidó, reúne apoio internacional contra Maduro. Guaidó, que se autointitulou presidente interino da Venezuela, pediu ajuda internacional para o país. Maduro, contudo, prometeu bloquear a ajuda e disse que o ato faz parte de um golpe promovido pelos Estados Unidos.

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Uma informação publicada pela jornalista especializada em assuntos militares Sebastiana Barráez dá conta de que as Forças Armadas venezuelanas que operam no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, devem reter qualquer caminhão ou camionete que entre em Táchira pela fronteira. A ordem, segundo a jornalista, foi dada pelo chefe da Zona de Defesa Integral (Zodi) Táchira, general José Leonardo Noroño Torres. Em um áudio ele aparece pedindo também uma lista de todas as pessoas que se hospedem em hotéis de San Cristóbal e outras cidades de Táchira nesta semana. 

“Temos que estar de olhos abertos e alertas em hotéis, pousadas, albergues, etc, de pessoas estranhas que estão chegando, diante da loucura da oposição”, teria dito Noroño, segundo o áudio divulgado pela jornalista.

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