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A Controladoria Geral da República da Venezuela inabilitou o líder opositor e ex-governador do estado de Zualia, Pablo Pérez, de exercer cargos públicos pelos próximos dez anos. A informação é da Mesa de Unidade Democrática (MUD), grupo de oposição ao governo de Nicolás Maduro, que publicou o documento do órgão neste sábado (18). Perez agora é o quarto político a ter seus direitos políticos suspensos no país nas últimas semanas. O MUD prometeu protestos nas ruas nesta semana, em repúdio contra as cassações.

O documento não detalha as razões que levaram à cassação dos direitos políticos do ex-governador, mas a Controladoria já investigava Pérez por mau uso de dinheiro público e tráfico de influência durante o seu período como governador, que foi de 2008 a 2012.

Na primeira semana de julho, a Controladoria também inabilitou por um ano o ex-prefeito Daniel Ceballos, que continua preso. A mesma sanção atingiu também María Corina Machado e Vicenzo Scarano. Os dois eram candidatos nas eleições de dezembro ao Parlamento.

Os dois políticos rejeitaram as sanções e anunciarm que irão concorrer nas próximas eleições parlamentares. Scarano chegou a ser preso no ano passado e demitido de seu cargo de prefeito da cidade central de San Diego, no estado Carabobo, por ter ignorado uma ordem judicial exigindo que barricadas fossem desmanteladas nas ruas da cidade. Ele conseguiu a liberdade no início deste ano.

Líderes opositores têm pedido a intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União de Nações Sul-americanas para que façam observações nos meses prévios ao pleito. Para eles, as medidas recentes da controladoria buscam sabotar a participação da oposição nas eleições.

O gabinete da Controladoria também desqualificou esta semana a ex-legisladora Maria Corina Machado e o ex-prefeito Vicencio Scarano, ambos candidatos nas eleições parlamentares de 6 de dezembro, de assumirem cargos nos últimos 12 meses.

Críticos dizem que o presidente Nicolas Maduro está buscando reprimir líderes da oposição e desencorajar os eleitores à frente de uma eleição na qual pesquisas preveem que seu partido irá perder.

“O governo e o (Partido Socialista, no poder) têm me banido por 10 anos, um outro ataque contra a dissidência democrática”, twittou Perez, ex-governador do estado ocidental de Zulia, que ao contrário de Machado e Scarano não está concorrendo ao parlamento.

A Controladoria não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário.

(Reportagem de Alexandra Ulmer)

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