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Equipe de construção trabalha em seção caída do muro na fronteira entre EUA e México em
Mexicali, no estado mexicano de Baja California, 29 de janeiro de 2020
Equipe de construção trabalha em seção caída do muro na fronteira entre EUA e México em Mexicali, no estado mexicano de Baja California, 29 de janeiro de 2020| Foto: AFP

Os fortes ventos que sopram no sul da Califórnia derrubaram vários painéis de uma nova parte do muro que está sendo construído pelo governo Donald Trump ao longo da fronteira entre Estados Unidos e México, segundo o jornal San Diego Union-Tribune.

A Patrulha de Fronteira dos EUA informou que os painéis do muro caíram no território mexicano na quarta-feira, a cerca de 161 km a leste de San Diego, onde a fronteira separa a cidade americana de Calexico da mexicana Mexicali.

Os painéis de 9,1 metros de altura acabavam de ser ancorados em concreto quando foram atingidos pelas rajadas de vento, segundo o jornal. Eles caíram em uma estrada, aparentemente, sem causar danos. Alguns deles ficaram amparados em árvores.

"Felizmente, as autoridades mexicanas responderam rapidamente e conseguiram desviar o tráfego para a rua vizinha", informou o agente da Patrulha de Fronteira dos EUA, Carlos Pitones. A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês) estava trabalhando para recuperar os painéis no México, informou o Union-Tribune.

A notícia foi recebida com escárnio e sarcasmo nas redes sociais por vários oponentes políticos de Trump. O candidato presidencial democrata Tom Steyer ironizou uma frase dita pelo presidente: "Eu tenho construções. Eu sou um construtor; eu sei como construir. Ninguém constrói como eu construo. Ninguém. E os construtores de Nova York dirão isso. Eu construo o melhor produto".

A seção do muro é parte de um esforço do governo Trump para melhorar a barreira na fronteira, com mais de 3 mil km de extensão, com o México.

Erguer um novo muro foi uma promessa importante na campanha presidencial do republicano em 2016 e ele ameaçou recorrer a uma medida de emergência nacional para obter os US$ 5,7 bilhões de fundos federais que, segundo ele, seriam necessários para construir seu "grande e belo" muro.

No entanto, ele recuou em sua proposta de um muro de concreto, dizendo que passaria a se concentrar em barreiras onde atualmente não há nada na fronteira. "A barreira pode ser de aço em vez de concreto, se isso funcionar melhor", declarou ele, como lembrou o jornal britânico The Guardian.

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