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A viúva do jornalista do "Wall Street Journal", Daniel Pearl, entrou com uma ação na quarta-feira (18) contra a al-Qaeda, contra outros grupos radicais e contra o banco Habib, que fica no Paquistão. A acusação é de seqüestro, tortura e assassinado do marido em 2002.

Mariane Pearl pede uma indenização em dinheiro de quantia não-especificada, a que o tribunal "considerar adequada", para evitar que os réus cometam atos semelhantes.

"Os querelantes pretendem responsabilizar os terroristas, as organizações terroristas e as organizações bancárias e beneficentes de apoio pelo seqüestro, pela tortura e pelo assassinato sem sentido de Daniel Pearl", afirma a ação.

A história de Mariane Pearl é contada no filme "A Mighty Heart", com Angelina Jolie, recentemente lançado nos Estados Unidos. A viúva impetrou a ação numa Corte Distrital de Nova York, segundo seus advogados.

Pearl era chefe da sucursal do sul da Ásia do "Wall Street Journal", e foi seqüestrado em Karachi em janeiro de 2002, quando tentava entrevistar militantes muçulmanos. Depois de vários dias no cativeiro, ele foi decapitado, e a morte foi gravada em vídeo.

Entre os processados está Ahmed Omar Saeed Sheikh, o xeque Omar, que foi condenado à morte por um tribunal paquistanês pela participação no seqüestro e no assassinato. Três outras pessoas foram condenadas à prisão perpétua.

Outro citado na ação é Khalid Sheikh Mohammed, suposto líder da al-Qaeda e um dos mentores dos ataques de 11 de setembro, que está sob custódia norte-americana. Segundo as Forças Armadas dos EUA, Mohammed admitiu num tribunal militar ter decapitado Pearl.

O banco Habib é um dos maiores do Paquistão. A ação alega que o banco e seus subsidiários conduziram transações financeiras em nome das entidades beneficentes ligadas a grupos extremistas.

"Ao fazer isso, o Habib e seus subsidiários colaboraram e deram apoio material, na forma de serviços financeiros, às organizações de apoio ao terrorismo", afirmou a ação. O banco Habib não deu declarações imediatas sobre o caso.

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