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Fila de eleitores no Cairo | REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Fila de eleitores no Cairo| Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany

As zonas eleitorais abriram suas portas no Egito para que os cidadãos votem no referendo sobre a Constituição, consulta boicotada pela Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas.

Mais de 52,7 milhões de egípcios foram convocados para opinar se aprovam ou não o novo texto da Carta Magna nesta terça e na quarta, das 9h locais (5h de Brasília) até as 21h locais (17h de Brasília), em 30.337 zonas eleitorais.

Apesar da operação policial e militar para garantir a segurança do referendo, uma explosão foi registrada uma hora antes da abertura das urnas próximo de um tribunal no bairro de Imbaba, no Cairo, sem causar vítimas.

Nas portas de muitas zonas já há filas de eleitores. Alguns dos principais dirigentes do país, como o presidente interino, Adly Mansour; o primeiro-ministro, Hazem el Beblaui, e o chefe da diplomacia, Nabil Fahmi, já depositaram seu voto, segundo imagens mostradas pela televisão estatal.

A nova Constituição substitui a aprovada pelos islamitas em 2012, que foi suspensa pelos militares em julho passado após a destituição do presidente Mohammed Mursi.

Por meio da consulta, as autoridades buscam legitimar seu roteiro para o país, por isso fizeram forte campanha a favor do texto, que diminui o tom islamita da Constituição anterior e reforça o papel das Forças Armadas.

Espera-se que a Constituição seja aprovada com folga devido à campanha fraca para o "não" e o boicote dos principais opositores ao texto.

O referendo faz parte do plano traçado pelos militares após a derrocada de Mursi e prevê também a realização de eleições presidenciais e parlamentares nos próximos meses.

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