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Abu Falah Yabar possui talento e o estranho hábito de rastrear pegadas no deserto, fato que fez com que a polícia saudita o contratasse como "rastreador" para resolver misteriosos crimes ou para liderar buscas de fugitivos. Yabar, de 48 anos, vive na região de Al Falay, cerca de 300 quilômetros ao sul de Riad, e a partir de agora ganhará uma nova identidade: a de "Sherlock Holmes" saudita, já que passará a trabalhar integralmente para as autoridades locais. Yabar explica que descobriu o que era capaz de fazer ainda adolescente, brincando.

"Quando era menor, tive uma espécie de intuição de que poderia seguir as marcas deixadas pelos seres humanos e animais", lembra ele. As lendas sobre a suposta capacidade dos antigos árabes para resolver problemas, capturar criminosos ou caçar animais também costumam ser famosas na Arábia Saudita.

Os rastreadores chegam a ser acusados de bruxaria ou de pacto com o diabo, uma questão que Yabar considera "cômica", já que as pessoas já se acostumaram com seus anormais argumentos. "Se fosse coisa do diabo, rastrear as pegadas já teria sido proibido pelo Islã", justifica. Segundo conta a lenda, os inimigos de Maomé utilizaram um famoso rastreador para seguir o exemplo do profeta durante sua fuga de Meca à Medina e chegaram a localizá-lo, mas não chegaram a lhe fazer mal "porque Deus o protegeu".

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