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Em reunião do colegiado, presidente da Ucrânia afirmou que as tropas russas estariam cometendo no seu país “os crimes de guerra mais terríveis” desde a Segunda Guerra Mundial
Em reunião do colegiado, presidente da Ucrânia afirmou que as tropas russas estariam cometendo no seu país “os crimes de guerra mais terríveis” desde a Segunda Guerra Mundial| Foto: EFE/EPA/PETER FOLEY

Em pronunciamento por vídeo durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta terça-feira (5), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu que a Rússia seja retirada do colegiado, formado por 15 membros, ou então que a ONU como um todo seja “dissolvida completamente”.

O tema do encontro foi a guerra da Ucrânia, mais especificamente os corpos de civis encontrados em Bucha e outras cidades vizinhas à capital, Kiev, no fim de semana, após a saída das tropas russas e a retomada da região pelas forças ucranianas.

No seu pronunciamento, Zelensky apresentou um vídeo mostrando imagens de corpos, incluindo de crianças, que informou serem de civis mortos pelo exército da Rússia.

O presidente ucraniano citou o poder de veto russo no Conselho de Segurança da ONU, como um dos cinco membros permanentes do colegiado (os outros quatro são Estados Unidos, Reino Unido, França e China). Moscou utilizou esse veto para derrubar uma resolução condenando a invasão da Ucrânia, em 25 de fevereiro, um dia após o início da guerra.

Zelensky pediu a expulsão da Rússia do Conselho de Segurança, alegando que o governo de Vladimir Putin “transforma seu poder de veto em um direito de causar mortes”.

“Se não houver alternativa e nenhuma opção, então a próxima opção seria [a ONU] dissolver-se completamente”, argumentou Zelensky. “Senhoras e senhores, vocês estão prontos para fechar a ONU? O tempo do direito internacional acabou? Se sua resposta for não, então vocês precisam agir imediatamente”, acrescentou, argumentando que as tropas russas estariam cometendo na Ucrânia “os crimes de guerra mais terríveis” desde a Segunda Guerra Mundial.

Na reunião, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, negou que as forças do seu país estejam matando civis. “Não estamos atirando contra alvos civis justamente para preservar o maior número possível de civis. É precisamente por isso que não estamos avançando tão rapidamente quanto muitos esperavam”, argumentou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ao Conselho de Segurança que a invasão da Ucrânia é um dos maiores desafios de todos os tempos para a ordem internacional “devido à sua natureza, intensidade e consequências”. “Este conselho tem a responsabilidade de manter a paz e de fazê-lo em solidariedade”, afirmou.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, alegou que “ninguém deve ser um escudo para a agressão da Rússia” e que os líderes mundiais devem “mostrar coragem e enfrentar a ameaça perigosa e não provocada da Rússia contra a Ucrânia e o mundo”.

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