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A educação existe desde que o ser humano foi criado. Embora a escola, em seu formato tradicional mais atual, seja mais recente, tendo surgido no século 12 na Europa, o conceito de educação já era aplicado há muitos séculos. Data de 4000 a.C o início da escrita cuneiforme pelos sumérios, e o processo de ensino da escrita era feito pelos pais aos filhos em casa. Na Grécia, aproximadamente em 387 a.C., Platão iniciou uma espécie de escola onde se estudava filosofia e matemática através de questionamentos práticos e, um pouco mais tarde, as famílias mais ricas adotaram o costume de estabelecer um preceptor, ou professor, com certos conhecimentos específicos para ensinar os seus filhos (Aristóteles, por exemplo, foi preceptor de Alexandre, o Grande). Ainda no século 4 a.C., começam a surgir as primeiras escolas (o termo escola vem do grego scholé significando “lazer, tempo livre”), nas quais os mestres se reuniam com seus discípulos para ensinar gramática, física, música, poesia e eloquência ou oratória.

Neste processo de experiências e descobertas, suplantemos os excessos, evitemos ou corrijamos os erros e fixemos o alvo da verdade e da perfeição

Contudo, caso consideremos educação como sendo o processo de descobertas e aprendizagens, adaptações e desenvolvimentos e, ainda, construções de bases empíricas e cognitivas de princípios e valores, então, não podemos partir de outro lugar senão do Gênesis. No ato portentoso de Deus ao criar o ser humano, fomos dotados de capacidade para aprender sobretudo o que estava diante de nós, para que não somente usufruíssemos de tão impressionante obra, como também zelássemos por ela.

Sendo assim, uma das primeiras coisas que nos foram ensinadas por Deus, o nosso criador, diz respeito a nós mesmos (somos imagem e semelhança d’Ele e, por isso, somos capazes de sermos educados para nos relacionar tanto com Ele quanto com os nossos semelhantes); segundo, diz respeito ao lugar de nossa habitação, o mundo, com o qual temos responsabilidades de zelar para que seja bem cuidado para que usufruamos de seus benefícios e beleza por toda a nossa existência; e em terceiro, diz respeito ao desenvolvimento da humanidade, por meio de constituição de família e transmissão de valores e princípios por meio da tradição familiar, de pais pra filhos, através das gerações.

Leia também: Educação é outra história (artigo de Fausto Zamboni, publicado em 2 de agosto de 2018)

Leia também: Qual é a parte da família na melhoria da educação? (artigo de Márcia Teixeira Sebastiani, publicado em 17 de setembro de 2018)

Deus, como o projetista e o criador de todas as coisas, não somente nos dotou de todas essas capacidades, como também nos deixou orientações precisas e expressas nas Escrituras para que, no processo de desenvolvimento do ser humano, em todas essas áreas, sejamos eficientes e assertivos na aplicação de uma educação criativa e redentora.

Nisso consiste o fato de que somos seres educados e educáveis: em que Deus mesmo nos projetou para o desenvolvimento e nos proporcionou os recursos para que perscrutemos as sendas dos saberes no intuito de que, neste processo de experiências e descobertas, suplantemos os excessos, evitemos ou corrijamos os erros e fixemos o alvo da verdade e da perfeição.

Ms. Rev. José Antonio de Góes Filho é bacharel em Teologia e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Capelão do Mackenzie no Campus Alphaville. Professor de Ética e Cidadania nos cursos de Comex e ADM da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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