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A força transformadora da proteína animal
| Foto: Pixabay

A proteína animal está entre as maiores potências da economia brasileira. Para chegar a essa conclusão, basta ver os números. No ano passado, as exportações da suinocultura e da avicultura geraram cerca de US$ 8 bilhões em receitas para o Brasil. Trazem emprego para mais de 400 mil pessoas apenas em produção, abate e processamento. E, quando olhamos para toda a cadeia produtiva, o impacto é ainda maior: envolve mais de 4 milhões de trabalhadores no país.

Partindo da visão macro para a realidade do dia a dia, essa força transformadora se torna ainda mais palpável. Recentemente, a Embrapa realizou um estudo para identificar a relação entre a produção de aves e suínos e a evolução dos municípios, tendo como base os dados do Índice Firjan – uma das principais referências sobre o progresso das cidades.

A cadeia produtiva da proteína animal é um instrumento decisivo para o desenvolvimento regional

O resultado é conclusivo: os polos da avicultura e suinocultura estão entre as localidades com melhores índices de desenvolvimento humano do país. Lajeado (RS), Concórdia (SC) e Toledo (PR) estão entre os três melhores em seus estados no ranking – não por acaso, têm em comum uma consolidada cadeia de proteína animal. O mesmo se verifica em várias regiões onde esses setores são fortemente presentes, como o Oeste de Santa Catarina, o Nordeste gaúcho e o Triângulo Mineiro.

O impacto é significativo: essas empresas geram emprego e renda no interior do país – onde há menos oportunidades, em relação aos grandes centros. Funcionam como um motor econômico para toda a região onde estão localizadas, movimentando o comércio e os serviços nas cidades e atraindo novos empreendimentos em diversos segmentos.

Com isso, cresce também a arrecadação para os municípios, o que repercute em mais investimentos, beneficiando a comunidade em todas as áreas. É o ponto de partida de um contínuo ciclo virtuoso, dando dinamismo à economia. Exemplos que podem ser vistos em várias partes do Brasil – e que podem alcançar muitas outras regiões.

Para além dos grandes números, o que importa mesmo é a vida real. E a pesquisa comprova: mais do que contribuir com os indicadores macroeconômicos, a cadeia produtiva da proteína animal é um instrumento decisivo para o desenvolvimento regional. Transforma vidas e cidades inteiras, fazendo nosso país avançar.

Francisco Turra é ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

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