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| Foto: Nelson Almeida/AFP

O que o PT não fez e nunca irá fazer é uma revisão de seus erros e de seus desmandos à frente do governo brasileiro e dos estados. Portanto, cabe a democratas fazê-lo, mesmo que seja uma síntese do que os petistas e seus agregados causaram ao país.

Fomos governados por quase 14 anos pelo PT, que reúne esquerdistas de várias alas, uma delas bastante marcante: a bolivariana festiva, seguidora de Antonio Gramsci, filósofo marxista italiano, que prega a mudança da cultura na sociedade em direção ao socialismo e, em seguida, à revolução comunista.

Os brasileiros jamais devem esquecer a herança deixada por Lula da Silva, Dilma Rouseff (escolhida pela revista americana Fortune como a “líder mais decepcionante do mundo”) e seu bando, incluindo intelectuais e artistas, a esquerda “caviar” que, do alto de suas coberturas de frente para o mar, regada à champagne e embalados pela Lei Rouanet, apoiava festivamente a derrocado do Brasil.

Deveremos sempre nos lembrar de que o PT nos legou uma recessão econômica sem precedentes, com saldo de mais de 12 milhões de desempregados

O PT jamais lutou por você, por nós – seus integrantes têm raiva de nós. Somos considerados ignorantes, que servem apenas como massa de manobra para atingir seus objetivos. O que eles mais querem é que as pessoas mais simples “se explodam” e continuem comendo pão com mortadela. O caviar, o uísque, o rum, o charuto, o vinho e a champagne, as viagens de classe executiva e hospedagens em suítes presidenciais, bem como a divisão do butim saqueado, tudo foi destinado somente à alta direção do partido, da qual você jamais faria parte.

A esquerda é assim em qualquer parte do mundo, a história está cheia de exemplos. O poder é dominado por uma parcela de seus governantes para os quais as regalias são infinitas. A divisão da riqueza do país fica nas mãos de meia dúzia de pessoas, poderosas e multimilionárias, amigas do “rei”, como Eike Batista e os irmãos da JBS, enquanto os mais simples, os trabalhadores, essa gente pobre e malcheirosa, os carrega nas costas e assumem todas as mazelas. Que o digam Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, Bolívia, Nicarágua etc.

Deveremos sempre nos lembrar de que o PT nos legou uma recessão econômica sem precedentes, com saldo de mais de 12 milhões de desempregados; roubou e quebrou as maiores estatais brasileiras como Petrobras, Correios, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Eletrobras, BNDES, entre outras, por meio dos famosos mensalão e petrolão; usou nosso dinheiro, como se não precisássemos dele, para desenvolver a infraestrutura de países ditatoriais; inflou o programa Mais Médicos, que deveria ser para atender aos pobres do interior do Brasil e foi apenas um esquema de desvio de dinheiro para ajudar Cuba e financiar o partido e seus aliados nas eleições. Como este, outros programas de governo petista tinham segundas intenções, cujos objetivos sempre foram escusos, nebulosos e dissimulados.

Luiz Felipe Pondé: A história do Brasil do PT (publicado em 17 de abril de 2016)

Leia também: Uma história de 15 anos (ou “Os Demônios”) (artigo de Luiz Cezar de Araújo, publicado em 14 de julho de 2018)

O PT estimulou o MST, o MTST, os ditos “movimentos sociais”, que no fundo não passam de grupos de agitadores, para os quais a propriedade alheia, pública ou privada, não vale nada, e deveria ser saqueada e destruída; loteou o Estado brasileiro com gente do partido, inchando a máquina pública com funcionários improdutivos e “imexíveis”, inviabilizando a Previdência Social; burocratizou o aparato estatal, criando um péssimo ambiente de negócios e prejudicando a eficiência das empresas. Com este partido, a influência do Estado aumentou e a eficiência despencou, com cargos de direção ocupados por políticos amigos e incompetentes.

No tempo do PT, as embaixadas brasileiras viraram símbolos de desperdício, de apoio a países ditatoriais, apoiando gente como Kadafi, Maduro e os irmãos Castro. Por aqui, o desperdício também foi grande. E, onde se mexe, descobre-se uma nova falcatrua. O que sobrou do famoso PAC e do Fome Zero? De que adiantou sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, sangradouros de dinheiro publico? Onde estão os milhares que saíram da pobreza? Qual a verdade que esconde o Bolsa Família? A realidade mostrou que não havia sustentação econômica para este programa.

Flávio Gordon: A seita lulopetista (publicado em 28 de janeiro 2018)

Leia também: O PT na oposição (editorial de 30 de outubro de 2018)

Esse, em síntese, foi o governo do PT, o partido que durante 14 anos abrigou presidente, ministros, governadores, jornalistas e assessores nas hostes palacianas, pessoas que num passado não muito distante praticaram atos terroristas, saquearam bancos, sequestraram pessoas e soltaram bombas. Uma verdadeira organização criminosa. O PT e seus governantes nunca se importaram com os brasileiros, o seu projeto era o poder e seus próprios interesses. Um partido de políticos venais que lisonjeiam as massas em troca de votos, suborno, criminalidade, distúrbio, escândalo nos cargos públicos, pilhagem do erário, permissividade social, imoralidade, elevada taxa de confisco, desagregação familiar, desprezo cínico pelas virtudes e do civismo, perda da firmeza masculina, abandono da religião e o desprezo pelos homens bons e honrados.

Mas a resposta veio. O brasileiro, esgotado de ser enganado, deu um basta nessa degradação e, nas últimas eleições, escorraçou esses charlatões para fora do poder, gente que pregava o caos e flertava com o comunismo. Mas não nos iludamos que a praga petista esteja morta; precisamos ficar atentos 24 horas por dia, 365 dias por ano, ano após ano. Como disse Aristóteles muito antes de Cristo, um povo que não aprende com a história está fadado a repeti-la.

Cláudio Slaviero é empresário, ex-presidente da Associação Comercial do Paraná e autor do livro “A vergonha nossa de cada dia”.
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