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Justiça autoriza Ponta Grossa a contratar médicos com diploma estrangeiro sem Revalida
Imagem ilustrativa.| Foto: Daniel Caron / Arquivo Gazeta do Povo

Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.” (Efésios 5,14)

Quero falar ao leitor algo a respeito do momento em que estamos vivendo. A situação de insegurança e medo ocasionada pelas mortes de Covid-19 reflete a maneira como você aprendeu a entender esse vírus em seu dia a dia, em seu modus vivendi. Quero dizer com isso que o vírus, para alguns – ou talvez para você – incluiu um novo tipo de realidade: o perigo constante de morte; e isso, contudo, não é verdade! O vírus é apenas mais um (dentre tantos) fenômenos que ressaltam a fragilidade da nossa vida e a iminência da morte que opera sobre e ao redor de nós todos os dias.

Por exemplo: se o vírus não existisse, ainda assim estaríamos sujeitos a morrer a qualquer momento. Não há nada nessa terra que possa nos garantir nem sequer um segundo a mais de existência: “Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte” (Eclesiastes 8,8), diz a Palavra de Deus. Acredito que aqueles que estão lidando com a Covid-19 com desespero e surpresa o fazem porque perderam de vista que a todo momento podem morrer, seja por qualquer outra coisa: acidentes, gripe, infarto, engasgo, cortes, fraturas, infecções, assassinato, câncer, pedra no rim... enfim, há inúmeras possibilidades! A Covid-19 é mais uma, com suas prevenções e inevitabilidades.

Diante disso, há várias maneiras de entender a terrível situação em que nos metemos. Uma delas é ver você e eu sendo chacoalhados pela providência de Deus a respeito da nossa sensação de tranquilidade, domínio e poder sobre as condições de nossa vida e o fim dos nossos dias. O fato é que vivemos pensando que temos certo domínio sobre a nossa vida e que possuímos poder sobre o funcionamento biológico de nossa espécie: “Temos a ciência, temos grandes médicos especialistas, hospitais supercapacitados, cirurgias altamente tecnológicas e inovadoras, remédios eficazes, segurança, paz, tranquilidade. Assim, podemos morrer com certa previsão e até lá pensar bem sobre quais coisas serão importantes para nós”, você pode pensar.

Mas, em certa medida, a pandemia está mudando isso, e espero que mude você, que lhe desperte! Para o quê? Para o fato bíblico de que você não tem poder sobre sua vida. Nenhuma mansão com segurança máxima, nenhum hospital de ponta, nenhum médico Ph.D. e nenhuma vacina podem adiar a convocação de Deus para aqueles a quem Ele já determinou o fim da linha: “Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.” (2 Reis 20,1).

Creio que vivemos um momento único na história, onde Deus soberanamente está decidindo permitir e usar a proliferação de um vírus para nos lembrar da realidade da morte e nos despertar para o que a sucederá. Está escrito em Hebreus 9,27 que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”. A morte, seja da forma como vier, pela Covid-19 ou eletrocutado, é um chamado de Deus para comparecermos à sua presença santíssima e eterna a fim de sermos julgados por Ele: “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer” (Tiago 4,12), e, neste julgamento, tudo o que fizemos anteriormente à nossa morte será avaliado criteriosamente pelo Senhor: “Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau” (Eclesiastes 12,14).

Essa convocação não tem hora marcada, nem aviso prévio. E a Covid-19 pode ser um instrumento a ser usado para recolher sua alma. Diante Dele não haverá mais tempo de arrependimento ou possibilidades de defesa. Iremos apenas para sermos julgados. Conta-se que, certa vez, o famoso pregador do século 18 George Whitefield (1714-1770) pregou um sermão baseado neste pequeno versículo de Hebreus 9,27. Havia várias pessoas reunidas no salão para ouvi-lo pregar. Quando subiu no púlpito, não fez nenhuma introdução, apenas leu o texto. Quando terminou, ficou em silêncio e um grito de horror foi ouvido no meio do salão. Um dos pregadores foi até o local, voltou para George e disse: “Estamos entre os mortos”. Uma mulher havia morrido. Todos ficaram tomados de pavor. Mas George continuou e leu mais uma vez o versículo, e mais um grito foi ouvido. Outra pessoa tinha sido levada à presença de Deus para ser julgada.

De uma forma diferente, estamos presenciando o mesmo com muita velocidade: Deus convocando várias pessoas para esse momento. Pessoas que nunca pensaram sobre essa situação e nunca se prepararam para estar frente a frente com o Juiz de toda a Terra estão sendo levadas. Mas, se você ainda não foi chamado, aproveite o seu tempo!

Eu suplico a você que se reconcilie com Deus imediatamente: “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2 Coríntios 5,20). Reconheça sua perversidade, arrependa-se de seus pecados e confesse suas iniquidades ao Senhor: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1,9). Lance suas esperanças de salvação na obra de redenção de Jesus Cristo e creia no Cordeiro que morreu e sangrou para pagar pelos seus pecados, para torná-lo justo diante de Deus e livrá-lo da ira divina no dia do juízo: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Romanos 5,9).

Por fim, esteja preparado para morrer e comparecer a esse grande encontro. Infelizmente, na nossa sociedade consumista, veloz, saudável e próspera, ninguém parece considerar seriamente o fim da vida; no máximo, refletimos por algumas semanas quando um ente querido é levado à casa mortuária. Dormimos diante de tão grave realidade: “Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Tessalonicenses 5,6).

Mas o que você fará quando esse vírus – mesmo tomando as medidas sanitárias que quiser –, pela soberania de Deus, chegar até você e colocá-lo em um leito entubado? Não haverá mais tempo. Agora é o seu tempo! É tempo de despertar para a realidade da morte e o que virá após ela. São tempos de dor para despertamento. Como disse C. S. Lewis, “o sofrimento é o megafone de Deus” para um mundo surdo, sonolento e confortável com o pecado. Não negligencie esse aviso. Não menospreze a paciência de Deus: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3,9-10).

Fernando Razente é historiador com atuação em rádio, assessoria e mídia.

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