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Cloroquina segue sendo pesquisada
Cloroquina e hidroxicloroquina seguem sendo pesquisadas como possíveis tratamentos para a Covid-19.| Foto: Divulgação/Voz da América (EUA)

No dia 13 de maio, noticiou-se de que o presidente Jair Bolsonaro se reuniria com o então ministro da Saúde, Nelson Teich, para tratar da liberação do protocolo da hidroxicloroquina no SUS. Quando houve a primeira troca ministerial, com a saída de Luiz Henrique Mandetta, criou-se a expectativa de que haveria essa liberação seguida da flexibilização da quarentena. Não aconteceu nem uma coisa nem outra. Os governadores e prefeitos seguem arrochando a quarentena e o agora também ex-ministro seguiu fazendo o mesmo que o anterior fazia, com duas agravantes: Teich estava aprendendo a lidar com a máquina pública no meio da crise e se comunicava muito mal.

Por que até agora o Ministério da Saúde não liberou o protocolo da hidroxicloroquina no SUS?

O primeiro obstáculo é a “cultura médica”. Predomina entre os profissionais da medicina uma mentalidade de obediência ao método científico, cujo fundamento é o de que um experimento só é reconhecido se superar a refutação de sua eficácia e sobreviver às comprovações de que funciona. Nada contra, mas não estamos vivendo sob circunstâncias normais que nos permitam esperar meses, talvez anos, enquanto vidas se perdem, empresas quebram e empregos desaparecem.

Várias experiências comprovaram os benefícios do uso combinado de hidroxicloroquina em dosagens baixas por poucos dias, associada com azitromicina e sulfato de zinco em pacientes em estágio inicial

E mais: se o argumento é o rigor da ciência, sabe-se que não existe nenhum estudo comprovando que quarentenas evitam a propagação do vírus. Recentemente o governador de Nova York, Andrew Cuomo, declarou-se surpreso com a descoberta de que 66% das pessoas internadas e 84% das pessoas contaminadas na cidade estavam sob isolamento domiciliar. Como se vê, tanto a OMS (primeiro, “não usem máscaras”; depois, “usem máscaras”) quanto todos os governos do mundo estão improvisando supostas soluções ditadas pela ciência enquanto médicos divergem em público sobre como lidar com o problema.

Além disso, várias experiências comprovaram os benefícios do uso combinado de hidroxicloroquina em dosagens baixas por poucos dias, associada com azitromicina e sulfato de zinco em pacientes em estágio inicial (alguns exemplos de China, Espanha, França, Estados Unidos, França, Turquia e Senegal). Mas pasmem: com base nisso e depois de muita pressão, o SUS liberou o uso de um protocolo diferente que usa cloroquina (e não hidroxicloroquina) para pacientes hospitalizados em estágios médio e avançado da doença. Qual é o fundamento científico dessa decisão?

Para completar, a imprensa semeia confusão dizendo que o protocolo de uso de cloroquina em altas dosagens e com efeitos colaterais sérios em pacientes graves teria comprovado a ineficiência do protocolo da hidroxicloroquina em dosagens baixas para pacientes com sintomas iniciais.

Quantas mortes são necessárias para que se faça o óbvio? O que mais impede a decisão?

Interesses escusos impedem a liberação do protocolo da hidroxicloroquina. Sob a alegação de “crise sanitária”, o Congresso autorizou governantes a gastarem bilhões de reais em compras e contratações sem licitação que já geraram denúncias e prisões por corrupção em vários estados. Há pessoas lucrando com a morte, a falência e o desemprego dos brasileiros, e que têm todo o interesse no agravamento da pandemia.

A economia brasileira vinha se recuperando e a popularidade do presidente estava crescendo até o momento em que o terrorismo midiático e político sobre a pandemia se instaurou. Sob a alegação de preocupação com a nossa saúde, políticos inescrupulosos, com a cumplicidade de setores da mídia, manipulam a ignorância popular e apostam na recessão e no caos econômico como solução para desgastar o presidente eleito. Enquanto isso, vidas estão sendo ceifadas, empresas e empregos estão sendo destruídos e gerando uma recessão sem precedentes; mais grave do que foi a mais grave das crises até hoje, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929. Estamos numa “situação de guerra”, dizem os governadores e prefeitos enquanto suprimem nossas liberdades.

Há pessoas lucrando com a morte, a falência e o desemprego dos brasileiros, e que têm todo o interesse no agravamento da pandemia

Sob o argumento da submissão à ciência e aos ditames da OMS, cujos improvisos, erros, omissões e cumplicidade com os interesses do Partido Comunista Chinês são comprovados e evidentes, os juízes do STF conseguiram a proeza de delegar exclusivamente a prefeitos e governadores o poder de decretar quarentenas e lockdowns ao mesmo tempo em que cercearam o poder dos prefeitos e governadores que queriam flexibilizar a asfixia econômica da população. Ou seja, prefeitos e governadores só têm autorização para concordar com a OMS e o STF.

Há, como se vê, evidências científicas suficientes que justificam a liberação do protocolo da hidroxicloroquina no SUS imediatamente. E mais: o governo deveria providenciar o fornecimento massivo à população, até com o uso do Exército para operações de diagnóstico médico e prescrição imediata para pacientes em fase inicial.

A hidroxicloroquina é um medicamento barato, usado em larga escala e que era vendido sem receita médica antes dessa pandemia. O presidente operou pessoalmente e conseguiu importar da Índia toneladas do princípio ativo para produção do medicamento e mandou os laboratórios do Exército fabricarem o remédio. Para quê?

Paulo G. M. de Moura é mestre em Ciência Política, doutor em Comunicação, produtor e diretor do documentário Impeachment: O Brasil nas ruas, consultor em marketing digital e produção de conteúdo.

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