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Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Os investimentos em infraestrutura são fundamentais para o desenvolvimento econômico brasileiro nos próximos anos. O setor aeroportuário também precisa de pesados investimentos para continuar sua expansão. O cenário da indústria aeronáutica projeta forte crescimento nas próximas décadas e os atuais aeroportos precisam ampliar sua capacidade de atendimento para atender um novo panorama que se vislumbra no futuro e evitar gargalos que já enfrentamos no passado.

Em 2018, o mercado aéreo brasileiro retomou a expansão do número de decolagens, que estava em queda desde 2013. Os indicadores positivos mostram que os mercados doméstico e internacional responderam por 967 voos regulares e não regulares, uma alta de 2,8% com relação a 2017, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No ano passado, 117,6 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos brasileiros para embarcar nos voos domésticos e internacionais, sendo essa a segunda maior marca da série.

O fortalecimento da aviação comercial brasileira tem potencial para criar milhares de empregos em todas as regiões do país

Estudo elaborado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) revela que a indústria aérea deverá duplicar de tamanho dentro de 20 anos, contribuindo com US$ 38,7 bilhões para o PIB brasileiro até 2037 e criando 1,4 milhão de empregos. Para se ter uma comparação, em 2017 o setor empregava 838,7 mil trabalhadores e contribuiu com US$ 18,8 bilhões para o PIB. Um potencial que não podemos deixar de aproveitar.

O mercado brasileiro de aviação civil é o terceiro do mundo, superado apenas pelos gigantescos movimentos dos EUA e China. A chegada das companhias aéreas low cost deve acelerar a oferta de passagens aéreas tanto para viagens nacionais quanto para as internacionais. Elas trazem para o nosso mercado uma tendência mundial, fazendo do modal aéreo uma opção atrativa para a grande maioria dos passageiros.

O Ministério da Infraestrutura prevê fazer concessões dos aeroportos brasileiros até 2022. A modalidade permitirá aos terminais brasileiros receber investimentos na ordem de R$ 10,3 bilhões das empresas privadas, que ficarão responsáveis por obras e prestação de serviços dessas unidades. A entrada dessas corporações vem atender a uma demanda que o governo tem dificuldades de responder diante da atual situação econômica.

Assim, o país avança um passo importante para resolver os gargalos que dificultam a expansão de um dos mais importantes serviços para a população brasileira. A entrada da iniciativa privada nesse setor – seja pela modalidade da parceria público-privada, concessão ou outro instrumento – vai contribuir para a estruturação de um mercado saudável e com infraestrutura com modernas tecnologias, trazendo para o país avanços já alcançados em aeroportos internacionais.

O fortalecimento da aviação comercial brasileira tem potencial para criar milhares de empregos em todas as regiões do país. Com o crescimento da oferta de voos, promovemos a expansão do turismo, ampliamos as possibilidades de negócios e aumentamos a oferta de um transporte reconhecido por reduzir o tempo das viagens. A indústria da aviação comercial é ferramenta essencial para um país tão continental como o Brasil. É um novo rumo para novos avanços com grande potencial econômico.

Shailon Ian é engenheiro, CEO da Vinci Aeronáutica e fundador do Centro de Treinamento Online em Aviação Civil Vinci Ideas.

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