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O Paraná é conhecido pela pujança da sua avicultura. O estado contribui para colocar o Brasil no mapa das mais produtivas aviculturas comerciais do mundo. O fato de ser o maior produtor brasileiro de frangos e o segundo exportador atribui ao estado a responsabilidade de estar à frente de processos. Ao longo de 2006, o país conseguiu lançar o Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle, alicerce de um complexo programa que alçará a sanidade brasileira a um novo patamar. A globalização levou o país a optar por um modelo que prevê a regionalização da avicultura. A medida é recomendada pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), entidade mundial de saúde animal, e permite indiretamente preservar mercados. Para a avicultura brasileira é muito importante que o Paraná se junte ao estado de Santa Catarina e faça a adesão formal ao plano. Para tanto é necessário o cumprimento das exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Santa Catarina e Pernambuco aderiram formalmente ao plano no fim do ano passado. Os dois estados aguardam a auditoria do Mapa que dirá se as condições para alcançar um patamar distinto de sanidade foram atendidas. Sabemos que como o programa de auditoria elaborado pelo Mapa é bastante rígido, poucos estados terão condições de serem classificados no nível "A" no primeiro momento. Estamos convictos, contudo, de que o Paraná reúne as condições para fazer parte desse seleto grupo. É característica do estado inovar e apostar em ações que garantam bons resultados. Não há dúvidas de que o dever de casa está sendo feito, mas é indispensável vontade política dos dirigentes estaduais para se chegar lá.

Esperamos que o novo secretário de agricultura do Paraná entenda a regionalização como uma prioridade. Ela permitirá que alcancemos um novo patamar de sanidade, o que contribuirá para que o Brasil aumente ainda mais as exportações. Uma das principais características da atividade é conter o êxodo rural e propiciar uma melhor distribuição de renda, o que é bom para todos. Ela fomenta a atividade familiar por intermédio do sistema de integração, que já provou ser altamente eficiente para viabilizar a pequena propriedade e hoje serve inclusive de modelo para outras atividades agropecuárias.

Além do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás também já se manifestaram favoráveis à regionalização e trabalham para que ela se torne realidade. Todos esses estados devem aderir ao plano. O governo federal também precisa fazer a sua parte e ter em mente que manter a sanidade dos nossos plantéis é prioridade. A liberação de recursos é fundamental. Sanidade animal é um patrimônio do país, tão ou mais importante que as reservas de minérios e petróleo. Mantê-la significa preservar o futuro de nossos filhos e netos.

A União Brasileira de Avicultura tem procurado sensibilizar os governos estadual e federal para o tema e aposta no êxito da regionalização. É importante termos em mente que a produtividade da avicultura brasileira incomoda os nossos concorrentes. Por isso, não podemos vacilar.

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