• Carregando...
Máscara durante pandemia de coronavírus
Pessoas usando máscaras na rua.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Como pensaremos quando tudo passar? Faremos um rescaldo e um balanço. E todos chegarão à conclusão de que estavam certos.

Quem pensou que o isolamento foi cedo demais, tardio ou ideal, acreditará que acertou. Aqueles que acreditaram em medicamentos continuarão na sua crença. Outros que seguiram a ciência terão a certeza da sua verdade. Quem achou bom ou ruim persistirá na sua opinião.

É a nossa humanidade que prevalecerá plural e diversa. Todas as incertezas provavelmente continuarão em nossas mentes. Ninguém será vencedor porque, nesse caso, só há perdedores. Como numa guerra qualquer, lamenta-se que tenha existido.

Então novos fatos surgirão e hábitos serão incorporados ao cotidiano. Crianças que nasceram nos dias que correm conviverão com novas rotinas que para eles serão normais, assim como são computadores e celulares para as crianças um pouco maiores.

O passado será, como foi em outras épocas e lugares, um registro histórico de que houve uma pandemia. Sua causa foi o – agora velho – “novo coronavírus”. Viveremos com esse e os demais vírus em uma simbiose sinistra que acometerá ora um, ora outro. Teremos, então, uma droga específica e tratamento para aqueles que não se imunizaram pela vacina.

Muitos mudarão sua atitude por convencimento ou por temor. Conceitos como vacinas, crescimento exponencial e estudos randomizados serão conhecidos pelos estudantes precocemente. As crianças desejarão ser médico epidemiologista, pois sabem sua função e importância.

Será um mundo diferente, como diferentes são as pessoas. Eis a razão e a emoção de ser humano.

Roberto Issamu Yosida é presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]