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Segunda cidade do Paraná e a quarta da Região Sul, Londrina não é apenas a sede da maior feira agropecuária do estado e uma das maiores do país. Também é o endereço da Embrapa Soja, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e de grandes universidades, públicas e privadas. Tem uma das maiores concentrações de pesquisadores e doutores por metro quadrado do Brasil, gera tecnologia, conhecimento e divisas intelectuais para o mundo.

Mas é no agronegócio que está a fonte de toda a sua riqueza. Da madeira ao café, da pecuária aos grãos, um município jovem e diversificado, que buscou e conquistou a pluralidade. Mais por necessidade que por opção. Aprendeu com o tempo, com os ciclos e com a fé de sua gente, persistente e obstinada, crente de que futuro passaria por ali. Acreditaram e perseguiram o sonho de tal maneira que ele virou realidade.

Ao mesmo tempo em que é conservadora, Londrina consegue ser moderna. Preserva cultura e tradição, mantém suas raízes e tem identidade, o que não a impede de olhar para frente e mirar o desenvolvimento. Progresso que veio pelas mãos dos homens, paulistas, mineiros, gaúchos, alemães, italianos, espanhóis, ingleses, portugueses e japoneses que adotaram o Paraná e transformou o município e a região em um grande polo econômico, um verdadeiro celeiro de tecnologia agrícola e pecuária.

Prestes a completar 78 anos, Londrina reúne características de modernidade, ao mesmo tempo que preserva tradição, cultura e valores dos colonizadores. Uma realidade compilada e retratada há 52 edições pela ExpoLondrina, a exposição agropecuária e industrial que é orgulho do Norte do Paraná e se firma como referência nacional e internacional no cenário de eventos do gênero. Uma exposição que assume uma dimensão de representação estadual, que fortalece o interior e mostra à capital a importância das economias regionais.

No ano passado a ExpoLondrina movimentou R$ 335 milhões. Mais de 500 mil pessoas passaram pelo Parque Ney Braga. São números auditados e que mostram a força do agronegócio. Neste ano o volume de negócios deve ultrapassar os R$ 350 milhões.

Assim, quando o Legislativo e o Executivo do estado discutem um projeto que institui o evento como a feira agropecuária oficial do Paraná, o ganho é coletivo, não apenas da Sociedade Rural do Paraná (SRP). A honraria é digna de comemoração da população de Londrina, da Região Norte e de todo o estado. Diria, inclusive, que o título posiciona o agronegócio paranaense no cenário brasileiro. Somos o maior produtor de grãos, o primeiro em produção e exportação de aves, temos um cooperativismo forte e uma pecuária de ponta. Só nos falta, então, valorizar e destacar esse potencial, com a chancela oficial do poder público.

Ao conferir o título de feira agropecuária oficial à ExpoLondrina, o estado reconhece de fato um direito adquirido e construído ao longo de mais de cinco décadas de exposição e quase oito décadas de história do agronegócio no Norte do Paraná. É garantir a Londrina um status que o Brasil já reconhece, de uma das grandes agrocapitais do país.

Gustavo Andrade e Lopes é presidente da Sociedade Rural do Paraná.

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