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“Não nascemos para a escravidão, para a servidão, para aceitar conforto e ilusões em troca do fim de nossa liberdade”.
“Não nascemos para a escravidão, para a servidão, para aceitar conforto e ilusões em troca do fim de nossa liberdade”.| Foto: Fré Sonneveld/Unsplash

“Na próxima geração eu acredito que os governantes do mundo vão descobrir que condicionamento infantil e narco-hipnose são mais eficientes, como instrumentos de governo, do que clubes e prisões, e que o desejo de poder pode ser completamente satisfeito sugerindo às pessoas o amor pela servidão assim como por punições até torná-los obedientes.” (carta de Aldous Huxley para George Orwell)

Somos brasileiros. Somos, antes de tudo, um povo forte. Não nascemos para a escravidão, para a servidão, para aceitar conforto e ilusões em troca do fim de nossa liberdade. Ser livre é ser eternamente responsável por nossas ações, reconhecendo que uma atitude tola pode afetar o outro, pode ferir a liberdade alheia.

Ser livre é um direito fundamental, dado a nós não pelo Estado como um presente, uma concessão, entregue a nós enquanto nos comportamos como servos passivos e submissos. Nossa liberdade foi dada a nós por Deus. É tão preciosa essa dádiva que, em todo o curso da história humana, homens se levantaram contra seus algozes, desejando usufruir deste bem precioso.

A melhor maneira de retirar a liberdade do outro e submetê-lo plenamente às vontades de grupos totalitários é simples: a liberdade deve ser considerada um peso tão grande, algo tão desagradável ou mesmo insignificante, que perdê-la passa a ser visto como uma bênção. Em troca de fartura na mesa, contas bancárias ricas e aplausos de uma multidão cega e burra, entregar a liberdade para o Estado, para o coletivo ideológico, soa como atitude sábia, prudente e sofisticada.

(…) as artes foram transformadas em máquina de propaganda ideológica, tornando o grotesco e o feio no novo padrão de beleza. Tudo é belo e lindo para o fanático ideológico; agora, se apontamos corpos, pinturas e esculturas cujo padrão de beleza não foi aprovado pelo globalismo e pela agenda socialista, fim de conversa: somos retrógrados, idiotas, selvagens.

Primeiro, empobrecem a linguagem de tal modo que é impossível expressar uma ideia que seja contrária ao que grupos marxistas pregam como verdade absoluta. A melhor maneira de se vencer um debate é proibindo a presença do outro. “Diversidade”, “pluralidade”, “empatia” são palavras que certos grupos gritam nas ruas e imploram para que nós usemos em prol da construção de diálogos e do tal “mundo melhor”. Palavras bonitas, porém cujo real significado é destruir ideias contrárias ao socialismo e, por conseguinte, à agenda globalista. Querem um mundo cheio de diversidade e pluralidade, onde todo homem se torna mero espelho dos desejos do outro, mero papagaio a repetir clichês. Querem pluralidade e diversidade para falar e agir como desejam, enquanto usam estas mesmas palavras para perseguir, ridicularizar e ameaçar conservadores e cristãos.

Basta dizer que o outro é homofóbico, nazista, para que ele seja silenciado, cancelado, expulso de universidades e demitido do seu trabalho, perdendo assim seu pão, sua dignidade. Meu pai dizia que o trabalho tornava o homem digno e forte, pois ele, com seu suor, podia lutar por sua própria vida e por sua felicidade. Bem, se não falarmos as palavras certas, o “todes”, o “Lula presidente”, o “precisamos de uma terceira via”, o “Moro presidente”, pronto, sem nenhum argumento somos removidos do debate público sem termos dito uma simples linha, sem sermos ouvidos.

Segundo, as artes foram transformadas em máquina de propaganda ideológica, tornando o grotesco e o feio no novo padrão de beleza. Tudo é belo e lindo para o fanático ideológico; agora, se apontamos corpos, pinturas e esculturas cujo padrão de beleza não foi aprovado pelo globalismo e pela agenda socialista, fim de conversa: somos retrógrados, idiotas, selvagens. As produções artísticas desta nova era da loucura totalitária não passam de panfletos; não há nada nelas que seja eterno e digno de ser lembrado por gerações.

Terceiro, a religião cristã tornou-se alvo de deboche e de ataques. Deus precisa ser removido do debate público. Remover Deus é necessário, torná-lo um símbolo de ódio é algo importantíssimo. Sem Deus o homem se torna facilmente manipulável, mero marionete nas mãos de quem oferece prazer, conforto e ilusões. Toda religião deve ser respeitada, dizem eles – exceto a cristã.

Nem a biologia escapa, pois ser homem e mulher virou mera construção cultural; a depender do humor do dia, podemos ser tudo que desejarmos. Acabamos por ser nada, incapazes de entender a nós mesmos e descobrirmos nossa real identidade.

Por fim, deturparam nossa história, tornaram criminosos e terroristas em heróis; santos em loucos; os que lutaram por justiça e liberdade em assassinos e genocidas.

Querem tornar o brasileiro, o homem ocidental, em um homem fraco, sem raízes. Incapaz de defender a si mesmo, sua família, sua comunidade. Reprodutores de militantes, não mais pais e mães.

Uma pena que não entendeu ainda o brasileiro, o homem do povo, o afegão médio, que o poder não está na politica, em manifestações gigantes, e de grande importância, admito. O real poder está nas ações diárias e em nosso posicionamento diante de qualquer indivíduo que queira destruir o que temos por importante, sagrado e eterno.

Somos brasileiros, antes de tudo, fortes; sejamos também guerreiros.

Carlos Alberto Chaves Pessoa Junior é professor de espanhol e inglês, articulista, palestrante e crítico literário.

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