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A última e única vez que uma mulher estampou uma cédula de dólar ocorreu pelos idos de 1800 quando Martha Washington, a esposa do 1º presidente americano George Washington, e – por conseguinte, a 1ª primeira-dama da nação – figurou na nota de um dólar pelo motivo de ser... A esposa de George Washington.

Desta vez, a escolha recaiu sobre Harriet Tubman, nascida escrava no distrito de Dorchester, Maryland, de onde fugiu para a Filadélfia em 1849 e logo em seguida retornou para resgatar sua família. Primeiramente resgatou seus familiares e posteriormente dezenas de outros escravos. Orgulhava-se de nunca ter perdido um só “passageiro”. Quando eclodiu a guerra civil americana, Tubman, se alistou no exército da União sendo cozinheira, enfermeira e espiã. Foi a primeira mulher a liderar uma expedição armada na guerra, comandando o ataque no rio Combahee, onde libertou mais de setecentos escravos. Após o final da guerra tornou-se uma forte ativista pelos direitos das mulheres, em especial pelo direito de voto.

Não bastasse isso, a abolicionista era uma defensora do direito de todo cidadão possuir e utilizar armas de fogo

Imaginei que alguém assim, com esse fantástico histórico, mulher, negra, estampando a nova nota de vinte dólares, geraria uma gigantesca comemoração por parte da esquerda americana, que se diz tão empenhada em garantir direitos iguais, lutar pelo empoderamento feminino e aplicar políticas afirmativa raciais. Não aconteceu. Houve um silencia sepulcral o fato. O motivo? Eu digo.

Harriet era uma cristã devota e acreditava que sua missão lhe havia sido designada por Deus. Era também uma Republicana e, aqui, se faz necessária a citação de outro artigo de minha autoria: “...optou-se por substituir [na nota de vinte dólares] Andrew Jackson, sétimo presidente daquele país, pertencente ao partido Democrata. Nada mais justo, uma vez que ele era, entre outras coisas, um escravocrata. Essa substituição, a escolha de Jackson, reaviva lembranças que o atual partido Democrata faz tudo para esquecer... Seu passado em defesa da escravidão! Sim, isso mesmo! O Partido Democrata, em sua fundação era escravagista, enquanto os republicanos eram abolicionistas. Foi em berço Democrata, pelas mãos do general Nathan Bedford Forrest, que nasceu a temida e repugnante Ku Klux Klan com o objetivo de impedir que negros e outras minorias se integrassem à sociedade. Enquanto membros do Partido Republicano formavam milícias armadas para atacar o grupo racista, os Democratas aprovavam as famigeradas “Jim Crow Laws” com o único objetivo de segregar a sociedade. A Ku Klux Klan também foi o primeiro grupo a defender o controle de armas.”

Não bastasse tudo isso, a brava abolicionista era uma feroz defensora do direito de todo cidadão americano possuir e utilizar armas de fogo, direito garantido pela Segunda Emenda da Constituição daquele país e não titubeava em usar uma pistola que nunca deixava sua cintura.

Aos Democratas, esquerda americana, coube fingir que nada aconteceu, pois diferente daqui onde Zumbi é tido como herói e poucos ousam contestar isso, lá, há uma verdadeira obsessão por se conhecer realmente quem foram os heróis e quais foram os valores e princípios que os guiaram. E foram os valores conservadores, de direita, Republicanos, que fizeram Tubman ser a mulher maravilhosa que foi.

Bene Barbosa é especialista em segurança pública, coautor do livro “Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento e presidente do Movimento Viva Brasil”.
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